Índice de Carbono Eficiente; como o indicador ICO2 da B3 funciona!

A sustentabilidade é uma pauta que vem ganhando cada vez mais força na sociedade, inclusive no mundo financeiro. No mercado brasileiro, existe um índice de companhias muito relevante voltado para essa temática. Isso mesmo, estamos falando do Índice de Carbono Eficiente, ou ICON2. Saiba mais!

Já faz alguns meses que a sustentabilidade ambiental tem criado mais relevância na sociedade – em todos os aspectos; inclusive, no universo das finanças e investimentos. Muitos investidores, sejam eles pessoas físicas ou empresariais, mantém o foco nesse assunto; sem contar que eles preferem investir em organizações que atendem a critérios de sustentabilidade e se preocupam com essa pauta. É exatamente nesse ponto que o Índice de Carbono Eficiente entra…

Também conhecido como ICO2, o Índice de Carbono Eficiente é um projeto da bolsa de valores brasileira (B3) em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social, ou BNDES. Esse indicador é composto por ativos das empresas que fazem parte do índice IBrX50 que acolheram práticas limpas em relação as suas emissões de gases que prejudicam o planeta. Quer saber mais? Então, continue conosco até o final!

O que é Índice de Carbono Eficiente?

O índice de eficiência de carbono é uma criação em conjunto da B3 e BNDES. O índice é composto pelas empresas participantes do IBrX-50 e que aceitam participar da iniciativa de adotar uma abordagem transparente para suas emissões de gases de efeito estufa. A composição do índice leva em consideração a eficiência das emissões de gases de efeito estufa e o total de ações em circulação.

A ideia por trás do ICO2 é incentivar as empresas com mais transações na B3 a medir, divulgar e monitorar suas emissões de gases de efeito estufa, ajudando assim a promover uma menor pegada de carbono e uma economia mais ambientalmente sustentável. O índice também pode ser usado como um indicador de mercado do desempenho de empresas que se preocupam com as questões relacionadas às mudanças climáticas.

Desde sua criação, o ICO2 teve um desempenho de 144,24%, porcentagem maior do que o desempenho do Ibovespa: 66,08%. Sendo assim, o investimento nas ações desse indicador, nesse tempo, valeu a pena não somente de um ponto de vista ambiental, mas também financeiro. Além disso, acompanhando o índice, é possível analisar a performance das companhias que têm se preocupado com as questões ambientais.

Por que o ICO2 é tão importante?

A sustentabilidade é uma pauta cada vez mais importante e recorrente em inúmeras áreas da sociedade. No entanto, nem sempre é simples perceber qual a sua real importância quando o tema é o impacto que gera no mercado das finanças e investimentos. Diante disso, é muito válido aprender e compreender um pouco melhor esse cenário. No fim do século XX, o conceito do significado da geração de valor e riqueza das indústrias e empresas foi ampliado; logo, a compreensão desse tema também cresceu.

Antes o intuito das empresas era buscar somente a maximização dos lucros e da renda de seus proprietários; mas com o passar do tempo e com essa ampliação, o objetivo das companhias também mudou, de certa maneira. Elas passaram a analisar também os objetivos de seus fornecedores, funcionários, clientes ou a sociedade como um só. Afinal, depois que a pauta ambiental tomou conta dos debates, as empresas também precisaram se envolver no tema.

Já que o foco é estimular as práticas sustentáveis, foi preciso que as organizações também incorporassem essa postura. Assim, ao entregar as novas solicitações sociais, é possível manter sua posição – e competitividade – no mercado. No caso da B3, o Índice de Carbono Eficiente é um dos mecanismos criados para atender essas novas demandas; onde o objetivo é promover uma economia mais limpa, com menos poluição.

Como esse indicador funciona? Qual sua composição?

O ICO2 é baseado em outro índice muito importante da bolsa brasileira; o IBrX-100, composto pelas 100 empresas com ações mais negociadas na B3. Portanto, para fazer parte do ICO2, deve ter uma grande correlação com o mercado de capitais nacional. Mas não basta ser famoso no mercado de ações.

Para compor esse indicador, a empresa precisa adotar algumas medidas, com o objetivo de promover uma produção compatível com o desenvolvimento sustentável. Então, os critérios para a companhia participar são: a. fazer parte da carteira do IBrX 100; b. ter abraçado formalmente à iniciativa do Índice de Carbono Eficiente; e c. relatar os dados de seu inventário anual de emissões de gases de efeito estufa conforme a abrangência e o prazo estipulado pela bolsa.

Investindo no Índice de Carbono Eficiente

O ICO2 é um importante indicador para medir a sustentabilidade das principais empresas brasileiras listadas. No entanto, não é um investimento, mas uma carteira teórica de ações. Então, como investir na empresa que o forma. Você pode comprar ações separadamente com base em uma carteira teórica, mas isso será caro e burocrático. Uma alternativa prática e simples é aprender sobre ETFs ou fundos de índice.

A sigla ETF significa “Exchange Traded Funds”. Esses fundos de investimento são projetados para replicar a carteira de investimentos do indicador de referência. Para isso, os gestores fazem investimentos semelhantes ao dos índices. Portanto, os recursos aplicados no ETF serão administrados com o objetivo de gerar receitas de acordo com o índice previamente estabelecido.

No caso do Índice de Carbono Eficiente, quem compra cotas subsequentes em um ETF tem acesso indireto às ações. As cotas dos ETFs negociadas na bolsa de valores estão acessíveis a todos os investidores. Além dos fundos que seguem o ICO2, é possível encontrar outros que tem foco na sustentabilidade. Sendo assim, há diversas alternativas para quem deseja investir com esse foco.

Para finalizar

Então, como vimos ao longo do artigo, o ICO2 é um índice muito importante no mercado; afinal, ele está alinhado às necessidades e carências sociais para o futuro do planeta. Além disso, já falamos também que, caso seja sua vontade, é possível se expor a esse indicador através de ETFs; no entanto, se trata de renda variável assim, é necessário analisar alguns riscos.

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