Garantia estendida: vale a pena ou seria dinheiro jogado fora?

Provavelmente algum vendedor ou vendedora já te ofereceu a garantia estendida, não é? Esse serviço está cada vez mais presente entre os consumidores do varejo. Quer entender melhor o seu conceito e saber se este item vale mesmo a pena ou é grana jogada no lixo? Não saia daqui!

Quem já comprou eletrônicos ou eletrodomésticos em uma loja física de varejo, ou até mesmo pela web, com certeza já se deparou com a proposta de garantia estendida de determinado produto. Geralmente, as compras desse tipo já vêm com pelo menos 30 dias de cobertura oferecidos pelo próprio fabricante do item. Porém, se for os clientes se interessarem, eles podem pagar ‘x’ valor para proteger o produto por alguns meses a mais.

O valor cobrado e o tempo adicional de proteção são escolhidos antes da conclusão da compra – seja na internet ou nas lojas físicas. Então, para os estabelecimentos que disponibilizam esse serviço, o seguro se torna um negócio que gera retorno. Mas e para os consumidores, será que é vantajoso comprar mais alguns meses de proteção? A grande verdade é que depende. É preciso, por exemplo, analisar por quanto tempo você deseja usar o produto, se pretende trocá-lo e etc.

Como funciona a garantia estendida?

Todo produto que você compra tem uma garantia legal de três meses; ou seja, aqueles 90 dias que o estabelecimento ou o vendedor geralmente te dá, não são um favor, na verdade, são um direito seu, na posição de consumidor. Porém, a fabricante do produto também tem o costume de oferecer sua própria garantia – o tempo e valor podem variar dependendo da fábrica, do produto e outras coisas.

Esse período adicional de garantia da fábrica é definido em contrato, mas você já reparou que os defeitos começam a aparecer só depois que esse prazo vence? Parece até que os produtos contam os dias para dar algum problema depois que o prazo da garantia estendida acabou, não é? Por esse motivo, talvez seja interessante contratar esse serviço. Mas antes você deve analisar alguns fatores – que iremos discutir ao longo do artigo.

Pois bem, a garantia estendida é um serviço adicional; portanto, não é obrigatório. Como funciona? No ato da compra o consumidor paga uma quantia adicional, pois essa é uma modalidade de seguro. Então, caso aconteça algum acidente ou problema ao longo da vigência do contrato, o mesmo será solucionado sem qualquer custo. Entendeu?

Veja se vale a pena contratar esse serviço

Para avaliar se é uma boa ideia ou não contratar a garantia estendida, fizemos uma comparação das vantagens e desvantagens de contratar este serviço adicional. Dentre as vantagens podemos citar, por exemplo, o fato de o seu produto ficar sob proteção por mais tempo contra diversos riscos. Ainda, a cobertura, na maioria dos casos, inclui vários reparos, e isso pode salvar o seu bolso.

Leve em consideração também que, seu produto contará com manutenção de profissionais capacitados e especializados. Por fim, a contratação é feita de forma rápida e muito simples; caso a compra seja feita em uma loja física, basta solicitar ao vendedor o serviço – se o mesmo não lhe oferecer –, e se a compra for realizada na web, terá uma página voltada para o serviço antes do pagamento.

Agora, como desvantagens podemos citar, primeiramente, o fato de a garantia adicional não cobrir defeitos de mau uso; por exemplo, se quebrar a tela do seu smartphone, o seguro não cobrirá. Além do mais, na maioria dos seguros os acessórios dos produtos não possuem cobertura. Por fim, nesse meio não existe um padrão de valor, por esse motivo o ideal é fazer uma boa pesquisa antes de contratar o serviço.

Por que é considerado uma modalidade de seguro?

Para ser considerado um tipo de seguro, é preciso que o serviço tenha as cinco características utilizadas para definir um serviço de seguradora. E adivinhe só: a garantia estendida conta com todas essas características. Quer saber quais são elas? Se liga só:

1. Segurado: o consumidor, independente de ser pessoa física ou jurídica, é classificado como um segurado;
2. Segurador: uma companhia envolvida nos trâmites administrativos legais que se responsabiliza em assumir e gerenciar eventuais riscos conforme a apólice, podendo ser uma resseguradora, como a IRB Brasil Resseguros, ou a própria rede varejista;
3. Risco: qualquer produto e item corre risco de passar por algo que não está no controle do consumidor e, com isso, gerar prejuízos para o mesmo;
4. Prêmio: quantia paga por parte do segurado ao segurador para contar com a garantia em relação aos determinados riscos;
5. Indenização: reparação pela perda paga ao segurado caso venha a acontecer alguma situação que a apólice cobre.

Como decidir se deve contratar ou não este item

Mesmo depois de tudo que você leu por aqui, ainda não sabe se vale a pena mesmo contratar este item? Talvez, levar em consideração algumas dicas que lhe apresentaremos pode ajudar nessa decisão. O primeiro passo é definir se o produto comprado é essencial ou não. Se a resposta for sim, a garantia estendida pode ser uma boa ideia para evitar possíveis dores de cabeça.

Além disso, pense também se a cobertura contratada atende as suas necessidades. Então, de maneira alguma deixe de analisar o tipo de cobertura que a seguradora ou empresa contratada oferece. É muito importante! Procure saber sobre as condições que permitem a troca ou indenização do produto, ou qualquer complicação que possa tornar sua experiência negativa.

Por fim, também vale fazer algumas comparações para escolher a melhor delas. Afinal, é possível encontrar o mesmo item por um valor parecido em muitas lojas de varejo, e o valor da garantia estendida ser muito distinta entre elas – ainda que a cobertura seja pontualmente a mesma. Sendo assim, vale muito a pena comparar e decidir qual é a melhor e que mais se encaixa a você.

Cuidado! Procon alerta: garantia estendida não é obrigatória!

Alguns consumidores se questionam se são obrigados a contratar a garantia estendida, e o Procon já esclareceu que os consumidores não são – e nem podem ser – obrigados a aceitar o serviço. Até porque, em algumas situações, o valor para tal procedimento pode até mesmo ultrapassar o preço do próprio item que está sendo comprado.

Ou seja, o consumidor pode pagar mais pelo seguro do que pelo próprio bem material. O lucro vai somente para as lojas e não para seus clientes!

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