Veja como o novo remédio para Alzheimer pode ajudar a retardar os efeitos da doença. Acompanhe as informações completas a seguir e fique por dentro!
Há muitos anos, laboratórios do mundo inteiro vêm estudando substâncias que podem contribuir para o tratamento da doença Alzheimer, tão comum, principalmente entre os mais idosos. Nesse sentido, diversos métodos para o diagnóstico precoce, e medicações para retardar os efeitos da doença, estão sendo testados para trazer mais alternativas para as pessoas com predisposição para o Alzheimer.
Recentemente foi aprovado um novo remédio para Alzheimer capaz de retardar os efeitos da doença em pacientes que tiveram um diagnóstico precoce. Mas, afinal, que remédio é esse? Qual a sua eficácia? E como ele pode contribuir para o tratamento da doença? Quer saber todos os detalhes dessa novidade? Então, continue acompanhando a leitura conosco nos blocos a seguir e confira as informações completas.
Conheça o novo remédio para Alzheimer
No início do mês de julho deste ano, a agência FDA (Food and Drug Administration) concedeu autorização total para a utilização do medicamento Lecanemab, que comercialmente é conhecido para compra nos Estados Unidos como Legembi. Trata-se de um remédio para Alzheimer, indicado para uso em pacientes com diagnóstico precoce da doença.
A medicação foi desenvolvida pelas duas farmacêuticas, Eisai e Biogen, com eficácia comprovada para, de fato, atrasar o avanço da doença de Alzheimer. Através de um estudo científico, que contou com 1.700 voluntários, com duração de 18 meses, foi possível identificar a desaceleração do declínio cognitivo, no total de 27% dos pacientes com a doença.
Na prática, o Lecanemav age no cérebro do paciente, eliminando as placas amiloides acumuladas, e associadas a problemas cognitivos. Inclusive, vale ressaltar que, anteriormente, em janeiro, o remédio já havia sido aprovado para utilização no combate ao Alzheimer pela FDA, através de um processo de análise acelerada. Porém, na época, as empresas de convênio de saúde dos Estados Unidos recorreram, pedindo uma análise maior para que a medicação ganhasse cobertura.
Como age o novo remédio para Alzheimer?
O Lecanemab não é como um comprimido que você compra na farmácia com receita médica e toma diariamente. Na verdade, a administração deste remédio para Alzheimer é feita por infusão intravenosa. Ou seja, direto na veia. Além disso, ele só deve ser utilizado via prescrição médica e o paciente deve ter um acompanhamento profissional para observar possíveis efeitos colaterais.
Na prática, o Lecanemab age no organismo do paciente como um anticorpo sintético (monoclonal) capacitado para promover uma espécie de “limpeza” das placas que se formam no cérebro. Placas estas que são formadas através do acúmulo de proteínas beta-amiloides, constituindo algo parecido com uma gosma, e que está relacionado ao Alzheimer.
É interessante observar que nos últimos tempos, os anticorpos sintéticos, também chamados de monoclonais, estão sendo cada vez mais utilizados pela ciência. Inclusive, não só para tratamento de grandes doenças, como no câncer, por exemplo, onde as terapias utilizando esses anticorpos já estão avançadas; mas também para situações mais brandas, como por exemplo, medicação para gerar novos dentes, que já está em desenvolvimento. Incrível, não é mesmo?
Possíveis efeitos colaterais
Assim como qualquer outro tipo de medicação, o novo remédio para Alzheimer pode sim surtir efeitos colaterais para os pacientes. Por isso é preciso muita cautela e acompanhamento médico. Isso porque há importantes quesitos de segurança a serem considerados antes mesmo da prescrição médica. Nesse sentido, os pacientes que fizerem o uso da medicação devem realizar exames regularmente para avaliar se o remédio continua sendo seguro para o cérebro.
Vale ressaltar ainda que, através de estudos clínicos, pôde-se observar que 13% dos voluntários apresentaram sangramento ou inchaço cerebral. Complicações como essas demandam muita atenção e cuidado médico. Além disso, os pacientes que fazem uso de medicação anticoagulante, ou pacientes que têm questões genéticas envolvidas, precisam de um cuidado médico ainda maior e mais cauteloso.
Para quem essa medicação é indicada?
O novo remédio para Alzheimer só pode ser prescrito para pessoas com formas iniciais do Alzheimer. Sendo assim, apenas os pacientes que têm leve comprometimento cognitivo, ou que estão em fase inicial de demência, são indicados para essa medicação. Além disso, é necessário identificar se existem, de fato, placas beta-amilóides no cérebro, através de exame de imagem.
Nos Estados Unidos, por enquanto, dentre os mais de seis milhões de pacientes diagnosticados com a doença, apenas um sexto poderão utilizar o novo remédio para Alzheimer, de acordo com as informações de Lawrence Honing, que é professor na Universidade Columbia, em neurologia. Inclusive, ele também ressalta que ainda não se sabe se o remédio não é bom para os demais pacientes fora do grupo.
Sendo assim, ainda é preciso mais estudos a fim de entender melhor como a medicação pode agir no organismo dos pacientes de outros grupos, como por exemplo, o de pessoas em estágio mais avançado da doença. Mas, por enquanto, a aprovação atual já pode ser vista como um começo de novos tempos para tratamentos para o Alzheimer. A esperança é que no futuro existam tratamentos ainda mais eficazes, segundo o professor.
Valor da medicação
Apesar da aprovação nos Estados Unidos, no Brasil o processo de aprovação ainda não foi pedido pelas farmacêuticas do país, e não há nenhuma previsão para que ocorra. Sendo assim, para ter base do valor do tratamento com o remédio para Alzheimer, comercializado como Legembi, utilizando o preço da comercialização norte-americana, que custa aproximadamente US$26.500 o tratamento completo, sendo o valor na nossa moeda, em torno de R$130,7 mil.
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