Conheça a história das maquininhas de cartão, e como elas têm sido importantes, tanto para os consumidores, quanto para os empreendedores.
As maquininhas de cartão estão presentes no nosso dia a dia facilitando a forma como pagamos e recebemos pagamentos. Inclusive, está cada vez mais incomum o uso do dinheiro em espécie. Afinal, os cartões, tanto de crédito, como de débito, se tornaram o principal meio de pagamento da atualidade.
Mas, nem sempre foi assim. Há um tempo, aceitar o pagamento com cartão era um desafio para os empreendedores. Por isso, a importância da evolução dessas maquininhas para o comércio em geral. Quer saber mais sobre como surgiu essa ferramenta, e como ela foi se modificando até chegar aos processos mais modernos e simplificados, como são hoje? Então, confira o conteúdo completo que preparamos, a seguir.
A história das maquininhas de cartão
As maquininhas de cartão foram desenvolvidas nos Estados Unidos, onde também foram utilizadas pela primeira vez. Modernizar e simplificar a maneira como os consumidores pagavam suas compras, era o foco principal. Além de, claro, proporcionar uma opção mais segura e prática para os lojistas.
Ou seja, a novidade previa beneficiar ambos os lados do comércio, consumidor e lojista. E, como vemos, foi bem isso que aconteceu. Depois, aos poucos as maquininhas foram ganhando seu espaço em mais países. Aqui no Brasil, por exemplo, não muito tempo depois de ter sido lançada nos Estados Unidos, o novo método de pagamento já estava presente.
Com o passar dos anos, as maquininhas, que antes eram verdadeiros “maquinões” foram se modernizando, como novas soluções, novas tecnologias e maior acessibilidade. Porém, se de um lado essa ferramenta se tornou mais simples e atual, de outro, alguns pontos parecem que de fato “congelaram” no passado. Principalmente, no que se diz respeito ao impacto no bolso dos lojistas.
Anos 70 e 80
Nos anos 70, as vendas realizadas nas maquininhas de cartão eram registradas manualmente. Pois ainda não existiam sistemas eletrônicos no Brasil, visto que esses sistemas dependem de internet. Portanto, na hora da venda, maquininha imprimia o recibo para o cliente assinar, e depois, o registro era enviado para o banco, que compensava o valor da venda.
Apesar do método ultrapassado, a vantagem era que o recebimento das vendas acontecia em 2 dias, que era o menor prazo, adotado por 95% dos empreendimentos. Nesse contexto, a taxa cobrada pela transação era, em média, de 8%. Contudo, ainda não havia a opção de parcelamento, que só foi disponibilizada alguns anos para frente.
Já nos anos 80, a inflação cresceu bastante, e a remuneração em torno de 8% nas transações passou a dar prejuízo. Por isso, os empreendedores, por sua vez, se tornaram responsáveis por financiar o sistema, passando o prazo de 2, para 30 dias, o que causou impacto direto no fluxo de caixa dos lojistas, naquela época. E assim, estamos até hoje, após 40 anos e tantas mudanças, o prazo continua o mesmo.
Década de 90: “duopólio das maquininhas de cartão”
A década de 90 foi marcada pelo “duopólio das maquininhas de cartão”, bem quando o Brasil inaugurou os sistemas eletrônicos, em 1995. Nesse contexto, o mercado se dividiu. Pois, de um lado, a credenciadora Visanet, que hoje atua como Cielo, era o modelo exclusivo para os cartões Visa. Enquanto, de outro lado, a credenciadora Redecard, que atua hoje como Rede (do Itaú), aceitava somente os cartões Mastercard.
Juntas, as duas bandeiras representavam 80% dos cartões de crédito, e 90% de débito. Por isso, os lojistas que queriam atender um público mais amplo, precisavam ter as duas maquininhas disponíveis. Contudo, este era um cenário favorável para as credenciadoras, e desfavorável para os lojistas, que eram reféns de suas condições e taxas.
De lá pra cá, o que mudou?
Só em 2010 o duopólio finalmente teve o seu fim. Desde então, o mercado se tornou mais competitivo, dando oportunidade de mais opções de maquininhas, e consequentemente, melhorando o cenário para os lojistas. Neste contexto, as taxas para o crédito à vista tiveram uma melhora significativa, passando para uma média de 3,5%. Porém, com aquele antigo problema: o prazo de 30 dias.
Aliás, este é um problema que perdura há 40 anos. Mesmo com tantas evoluções e melhorias, tanto para consumidores, lojistas e credenciadoras, o velho vilão dos 30 dias para receber a venda continua até os dias de hoje. Dessa forma, a única saída que os empreendedores podem recorrer é a antecipação de vendas.
Na antecipação de vendas, o lojista paga uma taxa extra, que é a taxa de antecipação, e assim consegue receber o valor da venda, em até 1 dia útil após a venda. Inclusive, esse acaba sendo um recurso bastante utilizado. Mas, o ponto negativo é que além da taxa comum da venda, ainda é preciso arcar com a taxa de antecipação também.
O que esperar para o futuro das maquininhas de cartão?
Em termos de funcionalidade, as maquininhas de cartão têm evoluído muito bem! Hoje, por exemplo, é possível passar uma venda no cartão utilizando até mesmo o próprio celular. Os processos são simples e rápidos, e praticamente não se faz mais necessário o uso de papel e comprovantes físicos. Porém, a grande expectativa dos empreendedores é que o prazo para recebimento das vendas no crédito, finalmente se torne mais favorável. Vamos torcer!
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