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Plano de saúde: aumento de 80% no convênio de crianças autistas é assustador!

Devido ao reajuste anual, plano de saúde para crianças autistas tem aumento excessivo e faz mães e pais irem à justiça. Quer saber mais sobre isso? Continue até o final.

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Fonte: Google

Devido ao reajuste anual, o plano de saúde para crianças autistas registrou aumento de até 80%. Sim, isso mesmo que você leu. Um absurdo, não é? Em entrevista para outros portais, três mães de crianças com autismo afirmam que o convênio da Unimed registrou 79% de aumento. Assim, o valor cobrado foi de R$385,67 para R$689,65 para os pequenos, entre cinco e sete anos de idade.

A empresa afirma que o aumento está conforme o contrato. Mas, por conta disso, algumas famílias estão buscando ajuda judicialmente. Por que? Simples. O objetivo é utilizar essas ações judiciais para rever o reajuste. Contudo, do outro lado da história, mães e pais dos pequenos com autismo optaram por arcar com as despesas para assegurar que os tratamentos sejam mantidos e as crianças não sejam, de maneira alguma, prejudicadas.

Plano de saúde fica 80% mais caro para famílias com crianças autistas

Todos os anos as operadoras de planos de saúde promovem reajustes em seus preços, que podem, inclusive, varias bastante conforme o tipo de beneficiário que utiliza o serviço. Neste ano, de 2022, conforme determinado pela ANS, os convênios individuais podem ser reajustados em até 15,5%. Contudo, os convênios coletivos podem sofrer com reajustes bem superiores.

Como você já viu por aqui, os pais de pequenos portadores do transtorno do espectro autista (TEA), por exemplo, estão narrando aumentos abusivos no valor cobrado pelo serviço. Assim como você já sabe, a gigante no setor da saúde privada, Unimed, reajustou o seu plano de saúde para os pequenos com TEA em 79%.

A lojista, Camila Paradella, de 38 anos, é apenas uma das mães afetadas com essa medida. No mês de abril, ela recebeu o comunicado da Unimed de que o convênio que cobre os tratamentos de seu pequeno, Raul, de 5 aninhos, seria reajustado em 80%. Sem condições financeiras de arcar com o novo valor, a mãe entrou na Justiça e conseguiu reverter para o percentual de 15,5% – o máximo aprovado pela ANS para planos individuais.

Mães e pais arcam com reajuste por temerem a perda de tratamentos

Danielle Fidélis, fisioterapeuta, de 37 anos, é mãe da pequena Isadora, de 5 anos. Atualmente existe uma liminar na Justiça que oportuniza os tratamentos da menina em uma clínica especializada na área e, por esse motivo, Danielle não teve coragem de recorrer contra o reajuste. Ou seja, a mãe da criança tem medo de buscar os seus direitos contra o aumento de 80% que sofreu no plano de saúde e prejudicar o tratamento de Isadora.

Ademais, como ainda não foi finalizado o processo a respeito das terapias, Danielle, mãe da criança, disse que ficou com extremo receio de contestar o reajuste do convênio. De acordo com a mulher, foi, exatamente, por temor; afinal, não foi concluído o processo acerca do tratamento da filha. Ainda estão apenas com a liminar e, de uma forma ou de outra, o plano de saúde encurralou a família.

Acha que acabou? Ainda não. Segundo Danielle, o plano apenas disse para que ela buscasse outro convênio, se aquele não estivesse satisfazendo-a. Infelizmente, aos consumidores que sofreram com o aumento do plano de saúde, as alternativas restantes são tentar negociar o valor com a operadora, procurar outro plano através da portabilidade ou, como última tentativa, entrar com uma ação na Justiça para rever o reajuste.

O que os convênios tem a dizer sobre os aumentos?


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Fonte: Google

Em entrevista, a Qualicorp, empresa responsável por administrar o plano de saúde, afirma que o reajuste do valor foi pontual e é equivalente a, mais ou menos, 0,5% de todos os clientes a companhia e que o contrato não é mais comercializado. Atualmente, a Qualicorp conta com a maior plataforma de oferta de produtos do Brasil. Até então, mais da metade dos clientes já preferiram migrar para novos planos de saúde com preços semelhantes ou até menores – da própria operadora, inclusive.

Além disso, em nota, a Unimed divulgou que não estabelece contratos, de forma direta, com os beneficiários; isso porque atua com contratos corporativos, exclusivamente. No entanto, a companhia, que é uma das mais conhecidas como plano de saúde, observa que a porcentagem de reajuste aplicada está conforme a regra prevista anteriormente em contrato com a empresa administradora.

Plano de saúde pode cobrar mais de pessoas com deficiência?

Especialistas afirmam que, em tese, os planos de saúde não têm o poder de aplicar um reajusta “especial” somente para pessoas com deficiência. Quando o plano de saúde é individual, o reajuste é de responsabilidade da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS. Por outro lado, no caso dos convênios coletivos, as operadoras é que são responsáveis por definir o percentual de reajuste.

As operadoras fazem o cálculo do reajuste conforme os beneficiários utilizam o plano; sendo assim, se um dos beneficiários for uma criança autista, por exemplo, que precisa de vários tratamentos, esse uso pode fazer com que a operadora, de fato, aplique reajustes um pouco mais altos. Mas, ainda sim, aumentos como de 80%, geralmente, não são bem embasados, e as operadoras não conseguem comprovar judicialmente a demanda de uma alta dessas.

Dito isso, é importante frisar que, as operadoras não têm o direito de recusar pessoas por estarem em tratamento, desde que todos os pré-requisitos da ANS estejam sendo cumpridos para a portabilidade – como, por exemplo, ter um contrato com alguma operadora ativo, não estar em atraso com as mensalidades e ter cumprido o período mínimo de permanência no convênio.

Vínculo das crianças autistas é parte do tratamento!

Uma criança autista que é super dependente das terapias e tem vínculo estabelecido com os profissionais não pode simplesmente, da noite para o dia, trocar o plano de saúde. Não é assim que funciona! O vínculo das crianças faz parte do tratamento. Com a troca do plano de saúde, imagina os pais terem que buscar liberação para terapias com o novo convênio; fora o processo de adaptação da criança. Cansativo, não é mesmo? Nessas situações, é válido brigar judicialmente, ainda que o processo demore mais do que o esperado para ser concluído.

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Formada em direito, redatora há cerca de 3 anos, apurando e escrevendo sobre investimentos, produtos, serviços e educação financeira.