MPEs; taxa de inadimplência das micro e pequenas empresas cai

Serasa Experian divulga dados que confirmam a queda de inadimplência, no mês de agosto, por parte das MPEs; número é 0,9% menor do que o apurado no mês de julho. Continue lendo nosso artigo para entender melhor o assunto!

Conforme dados divulgados pelo Serasa Experian, a insolvência das MPEs reduziu 0,9% no mês de agosto, se compararmos com a análise de dados do mês anterior. Nesse período, foi averiguado que, exatamente, 5,33 milhões de micro e pequenas empresas estariam inadimplentes, ou seja, com o nome no vermelho. Fala sério, vamos combinar que 5,33 milhões é muita coisa, não é?

No ponto de vista de Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o fato de as instituições – bancárias e financeiras, as fintechs, as cooperativas de crédito e outras – disponibilizarem linhas de crédito para que as micro e pequenas empresas negociem suas dívidas gerou um impacto nesse índice; claro, de forma favorável e positiva. Afinal, tudo que os empresários buscam é um auxílio para que consigam solucionar suas pendências financeiras.

Cenário de melhora para as MPEs

Quando falamos de inadimplência, as micro e pequenas empresas estão se alegrando; já que elas podem começar a ver um cenário de melhora. Bom, isso é o que aponta o levantamento feito pelo Serasa Experian. O índice apresentou queda de 0,9% em agosto frente ao levantamento realizado no mês anterior, julho, para esses empreendedores. Ainda, segundo o Serasa, são mais de 5 milhões de MPEs que se encontram endividados, com as contas no vermelho.

Além disso, os dados apontam que empresas desses setores também se transformaram e ficaram menos insolventes. O que isso quer dizer? Isso quer dizer que as empresas saíram daquela situação de não possuir condições para pagar aquilo que devem. Em destaque temos os segmentos do comércio e da indústria, com redução de 1%. Já no setor de serviços, a pesquisa mostrou uma diminuição de 0,7%

Para melhorar, a análise por região mostrou que o Norte foi aquele que teve o melhor desempenho acerca da redução de inadimplência, com uma diminuição maior do que a da média geral (-5,0%); logo em seguida, temos a região Sudeste com 0,9% de recuo; depois Centro-Oeste com -0,7%, Sul com -0,3% e, por fim, a região Nordeste com -0,1%.

Linhas de crédito para as micro e pequenas empresas

Vamos dar uma olhada nas linhas de crédito fornecidas para as micro e pequenas empresas durante o tempo em que a pesquisa foi feita – no caso, no mês de julho. Então, as taxas de juros do crédito para capitão de giro estão entre as mais interessantes e benéficas do mercado financeiro; especialmente quando são disponibilizadas por fintechs. O destaque se dá pela disponibilização de recursos financeiros de forma rápida e sem burocracia.

Antecipação de Recebíveis: essa modalidade de crédito significa que o empresário pode antecipar os recursos que a companhia tem por vencer, ou seja, é possível antecipar o recebimento de duplicatas, cheques pré-datados e outros recursos.

Linhas do BNDES: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social também disponibiliza linhas de crédito para as MPEs com taxas de juros que cabem no bolso; diferenciadas do que costumamos ver por aí. Os recursos que o BNDES oferece podem ser concedidos por cartão de crédito; as taxas são pequenas e o prazo é maior.

Outras linhas de crédito

Empréstimo de utilização livre: as cooperativas e as instituições bancárias podem disponibilizar recursos para que os empresários façam o uso da melhor forma que quiserem; ou seja, não existe nenhuma destinação específica para a utilização do recurso. Nessa modalidade, a companhia pode utilizar o recurso com o que achar melhor: pagamento de contas, de salários, etc.

Microcrédito: essa modalidade se trata do fornecimento de recursos de até R$20 mil aos MEIs (microempreendedores individuais) e pessoas jurídicas que não possuam um faturamento maior do que R$360 mil ao ano. O recurso pode ser utilizado como financiamento das operações, funcionando bem como capital de giro ou, ainda, na aquisição de ferramentas e equipamentos, por exemplo.

Cooperativas: as cooperativas de crédito também têm a permissão do Banco Central do Brasil para fornecer recursos àqueles que fazem parte do quadro de cooperados. Da mesma forma que no microcrédito, a quantidade de recursos ofertados pelas cooperativas de crédito cresceu de maneira significativa no último ano. Podemos dizer que é mais fácil conseguir algum recurso das cooperativas que das instituições bancárias comerciais.

Estratégias que podem ajudar os empresários a se livrarem das dívidas

Todos os empresários precisam analisar e utilizar algumas técnicas e estratégias, tanto preventivas quanto corretivas, para buscar eliminar as contas atrasadas e as dívidas. Na verdade, a melhor coisa seria não contrair dívidas; mas sabemos que, em algum momento, isso é praticamente impossível de evitar. Um bom exemplo seria a pandemia do coronavírus, que pegou todos de surpresa e fez com que muitos empresários ficassem no vermelho.

Mas, vamos ver algumas práticas que podem te ajudar:

• Saber, em detalhes, os fatores que geraram a inadimplência;
• Cobrar os devedores, parceiros e clientes; negociar também é uma boa opção;
• Verificar a quantia de parcelas atrasadas, e o valor de cada uma;
• Buscar – e criar – novos meios de captação de recursos;
• Administrar e adequar o estoque;
• Negociar – e, se possível, quitar – as pendências com os bancos, fornecedores e quaisquer outras instituições.

O que causa a inadimplência das MPEs?

Todas as estratégias que trouxemos, fazem parte de um diagnóstico completo para que os empresários endividados consigam controlar e resolver o caixa de seus negócios. Além disso, também seria interessante fazer uma reestruturação financeira para sair da crise. Basta identificar os principais sinais de crise e riscos inerentes ao mercado, gestão e operação. No entanto, essa é uma estratégia meio complexa – mas não é impossível de ser realizada.

Além da crise econômica nacional que estamos vivendo desde a chegada da pandemia do Covid-19, grande porcentagem da inadimplência por parte das MPEs é causada pela falta de política de crédito do governo. Geralmente, as companhias tem dificuldades em pagas as taxas de juros de financiamentos e empréstimos; afinal, elas são bem altas. Tais razões fazem com que as empresas sejam menos competitivas no mercado, e isso promove um ciclo de dívidas intermináveis, que podem levar ao fechamento das portas!

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