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Economia dos EUA; o que esperar com a alta do juro americano?

Estrategistas realizam análises de reações dos mercados financeiros em outros ciclos de dificuldade monetária na maior economia do mundo inteiro; na tentativa de prever o que pode acontecer com a economia dos EUA no ano que se aproxima. Confira!

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Fonte: Google

Economistas norte-americanos não estão tão otimistas com as expectativas de crescimento da economia dos EUA para o próximo ano. Diante do cenário atual, a inflação mais elevada que o esperado, a nova variante do coronavírus circulando e os obstáculos nas cadeias de suprimentos são percebidos como ameaça para a sequência da recuperação após a crise causada pela pandemia da Covid-19.

Inclusive, sobre à nova postura adotada pelo Federal Reserve – ou Fed, banco central americano – no combate a inflação, a resposta dos investidores foi um giro para as ações de risco, retratada na alta dos mercados de ação e, ainda, na consolidação dos títulos do Tesouro americano. Enfim, quer saber o que devemos esperar com a alta do juro nos Estados Unidos da América? É simples, continue lendo o artigo até o final!

Economia dos EUA: ações, dólar e emergentes

Os estrategistas de renda variável evidenciaram a situação normalmente positiva para os ativos nos estágios iniciais do ciclo de aperto monetário, mesmo com o sinal de analistas de títulos e câmbio, que acreditam em um cenário mais volátil em 2022. Embora a moeda americana tenha fechado em queda no dia 15 de dezembro de 2021, especialistas concordam que a desvalorização não é definitiva e acreditam que o rali será recuperado.

O diretor de investimentos da CFRA Research, Sam Stovall, falando sobre a política de aperto monetário do CFRA Jerome Powell, disse que o preço das ações mudou de vermelho para verde, possivelmente porque a incerteza diminuiu, e o presidente do Fed não aparentava estar tão preocupado quanto muitos temiam. A história mostra, mas não há garantia, que outros apertos do Fed levaram a um pequeno aumento no mercado de ações no ano seguinte.

Por fim, Stovall destacou que durante a maior parte dos 17 ciclos de aperto monetário do Fed após a Segunda Guerra Mundial, o S&P 500 inicialmente subiu e, durante o período entre a primeira e a terceira altas, subiu em média cerca de 3,5%. Traders agora estão precificando a primeira elevação dos juros nos EUA em junho do próximo ano; enquanto isso, o Fed comunicou que pode haver três altas em 2022.

Reviravolta da política monetária

O dia 15 de dezembro prometia ser um dia decisivo para a economia dos EUA – e o mercado financeiro em geral. E, de fato, foi! O Federal Reserve fez o anúncio de uma mudança radical na condução da política monetária nos próximos anos, 2022 e 2023. Sendo assim, o Fed apressou a redução de seu projeto de compras de ações e traçou um esquema para oito elevações das taxas de juros até o ano de 2024.

Ademais, especialistas também levantam possibilidade de, em breve, o banco central iniciar o processo de enxágue da liquidez para diminuir seu enorme balanço. Ainda que os investidores de renda variável tenham acatado a o acordo da certeza sobre os passos do Fed com uma expectativa confiante, é possível ver sinais de cuidado; visto que estrategistas evidenciaram os perigos da política de aperto ou o impacto da Ômicron.

Existem grandes chances de o Fed continuar operando com cuidado, enquanto se movimenta pela linha tênue da tentativa de reduzir a inflação sem desacelera a economia dos EUA de forma tão drástica. Na verdade, existe muita incerteza em torno da política do Fed; então, provavelmente continuará dessa forma durante um tempo, até a conclusão de algumas soluções.

Pressão sobre mercados emergentes

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Fonte: Google

Em relação ao efeito e consequências sobre ativos de mercados emergentes, a Ásia é vista como o continente com maior preparo para encarar o giro de aperto monetário. Afinal, são países que passaram por um forte ciclo de industrialização e abertura econômica nas últimas décadas. Além disso, vale citar que muitas vezes os mercados emergentes são pressionados quando a rentabilidade do Tesouro dos Estados Unidos – ou Treasuries – aumentam.

Além disso, o chefe de pesquisa para Ásia no Australia & New Zealand Banking, Khoon Go, disse que o forte superávit comercial da região, a recuperação da demanda doméstica após a recente flexibilização das restrições de isolamento social e os enormes colchões de reserva de câmbio devem auxiliar na redução da volatilidade. Ainda, diversos bancos centrais asiáticos também deveriam assumir a posição de iniciar a normalização da política em conjunto com o Fed.

Expectativas sobre a moeda americana

Mais um fim de ano se aproxima e a moeda americana preserva o rali de alta e caminha para o quinto ano seguido de ganhos contra a moeda brasileira. Na última terça-feira do ano, dia 21 de dezembro, o dólar foi negociado a R$5,738 e já acumula alta de 10,55% ao ano. A moeda estrangeira está em um nível de apenas 0,92% abaixo da maior cotação do ano alcançada em 09 de março, R$5,792.

Contudo, no mercado financeiro existem especialistas que acreditam que pelo menos no começo de 2022, a moeda americana pode retroceder a tendência de alta. Geralmente, esse período de fim de ano é o pior pregão para a moeda brasileira durante o ano inteiro. Por outro lado, nos primeiros meses do ano – janeiro e fevereiro – a expectativa é que haja alívio para o real. Ou seja, a perspectiva é que após o fim de ano, o dólar dê uma folga para o real.

Ainda, analistas do mercado acreditam que o dólar pode cair para níveis entre R$5,30 e R$5,50 entre os dois primeiros meses de 2022; ou seja, um valor de R$0,20 a menos que a cotação atual. Contudo, estima-se que a taxa de câmbio deve permanecer alta, pelo menos até as eleições; sem citar sua alta volatilidade. Mas, é certo dizer que é pouco provável que o dólar recue abaixo dos R$5 – deve se manter perto dos R$5,50.

A economia dos EUA pode afetar o Brasil?

A resposta é sim, com certeza. A inflação dos EUA está em 6,2% – a maior marca desde 1990, e já está atingindo a economia brasileira. Na verdade, não é pela alta dos preços em si, mas, devido as medidas que o governo dos Estados Unidos irá tomar, surgirão efeitos colaterais no Brasil. Assim, a inflação americana vai exigir do Federal Reserve uso de atitudes como a elevação dos juros e a diminuição de verba em circulação. Tais medidas fortificam o dólar contra o real; ou seja, estimula a inflação no Brasil e alimenta o aumento da taxa de juros. Dificultando a recuperação econômica.

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Formada em direito, redatora há cerca de 3 anos, apurando e escrevendo sobre investimentos, produtos, serviços e educação financeira.