Flexão do infinitivo é a dúvida mais comum entre os internautas, entenda!

Dependendo do sujeito envolvido, a conjugação dos verbos no presente pode dar um nó na cabeça dos internautas. Acompanhe nosso artigo até o final e saiba mais sobre a flexão do infinitivo.

Flexão do infinitivo. Essa, talvez, seja uma das dúvidas mais frequentes dos internautas – se não a primeira da lista. Se liga só: trabalhamos para alcançar ou para alcançarmos a meta? Compramos os ingressos para assistir ou para assistirmos o filme? Treinamos para competir ou para competirmos o campeonato? A resposta, caro leitor, para a sua felicidade é: tanto faz. Isso mesmo!

O português é uma língua única. Tem dois infinitivos: o impessoal e o pessoal. O impessoal é o nome do verbo (viajar, saber, afirmar). Não tem sujeito e, por esse motivo, não se flexiona. Com o pessoal, a história é outra. Ele tem sujeito; e não foge à regra: também concorda com o chefe (para eu comer, tu comeres, ele comer, nós comermos, vós comerdes, eles comerem). Quando flexioná-lo? Em um caso. De resto, a clareza irá ditar a regra.

Internautas se confundem quando o assunto é flexão do infinitivo

Saiba que o tema do artigo de hoje não é para qualquer um. Se você não tem força suficiente, nem fique por aqui, pois iremos falar hoje sobre a língua portuguesa e uma de suas pequenas confusões – pelo menos é isso que muitas pessoas pensam. Brincadeiras a parte, sabemos que o português é um idioma com muitas particularidades e, para muitas pessoas, pode ser um pouco complicado…

A flexão do infinitivo, por exemplo, é uma dúvida bastante pertinente entre os internautas, como já dissemos por aqui. Mas, esse assunto pode ser mais simples do que parece. Veja só: para fazer a concordância verbal com verbos no infinitivo da forma correta, é preciso entender que o infinitivo pessoal se flexiona, ao contrário do infinitivo impessoal. Lembra que deixamos isso bem claro no início do post?

Podemos perceber que não é assim tão difícil quanto muitas pessoas por aí imaginam, não é mesmo? Inclusive, a internet pode ser outro fator que dificulta um pouco a compreensão; afinal, as pessoas passam muito tempo navegando na web e, automaticamente, adquirem o hábito de usar gírias, abreviações e até linguagem visual – como memes, gifs e emojis.

Flexão obrigatória e facultativa do verbo

Antes de qualquer coisa, você precisa saber que o infinitivo é como a identidade do verbo. O infinitivo passa a ideia de um estado ou ação. Sendo assim, o seu papel é desempenhar uma função similar a de um substantivo. Contudo, o verbo infinitivo não aponta nenhuma indicação acerca de temporalidade – essa responsabilidade é do verbo da preposição principal.

Quando a flexão é obrigatória? Rigorosamente, apenas quando o infinitivo possui sujeito próprio, ao contrário do sujeito da oração principal. Esta é a última chance de o vôlei e o futebol devolverem a alegria à torcida. Então, veja: o sujeito da 1ª oração é ‘esta’; já da 2ª, o ‘vôlei e o futebol’). Saí mais cedo para irmos ao parque. Caso o infinitivo não estivesse flexionado – apenas o verbo ir, e não irmos – a frase estaria correta, mas trairia a verdade. Quem vai ao parque não sou eu, mas sim nós.

E a flexão facultativa? Se o sujeito da oração principal e o da oração subordinada forem os mesmos: Saímos mais cedo para ir ao cinema. Quem saiu mais cedo? Nós. Quem vai ao cinema? Nós; afinal, quando o sujeito da 2ª oração não está expresso, este é o mesmo da primeira.  Existe exceção: nem todos são iguais diante das normas; alguns são mais iguais. No infinitivo, são os verbos ouvir, ver, deixar, fazer, mandar. Com eles, a flexão é facultativa ainda que os sujeitos sejam diferentes.

É preciso tomar cuidado!

Mas, assim como tudo nessa vida, precisamos tomar alguns cuidados. Então, fique atento: caso o sujeito seja um pronome átono, o verbo infinitivo apenas pode ficar no singular; por exemplo, vi-os deixar a sala mais cedo. Ouvi-as chegar. Deixei-os sair. A pressão do sindicato fê-los recuar. Governo manda-os devolver dinheiro. Entendeu? Nessa situação, é impossível colocar os verbos no plural.

Além disso, existe outra situação: se o verbo infinitivo for antecedido de preposição: há formas a ser desenvolvidas pelos expositores. Muitas de suas afirmações são abrangentes demais para ser aceitas ao pé da letra. Os clientes eram obrigados a esperar três horas na fila. As forças policiais impediram os repórteres de trabalhar. Estudamos para aprender. Os profissionais pararam para reivindicar melhores salários. Estes são alguns exemplos.

Existe ainda a flexão do infinitivo que é proibida…

Pois bem, a clareza é o princípio básico que rege o emprego do verbo infinitivo. Sendo assim, não se deve flexionar o infinitivo quando estiverem presentes outros índices capazes de marcar o sujeito do verbo. Não entendeu? Veja só alguns exemplos: a. nas locuções verbais, onde o sufixo do auxiliar já aponta o sujeito: Conseguimos sair cedo porque adiantamos o trabalho do final de semana.

Além disso, o mesmo acontece quando não existe menção a nenhum sujeito: “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Por fim, quando, precedido da preposição de, tem sentido passivo e completa alguns adjetivos – como bom, fácil, difícil. Quer exemplos? Livros bons de ser lidos (serem lidos). Trabalhos difíceis de fazer (serem feitos). Peças raras de encontrar (serem encontradas).

Fala sério, depois de acompanhar nosso artigo e aprender um pouco mais sobre a flexão do infinitivo, é possível ter um pouco mais de clareza, não é? Na verdade, depois que entendemos as normas e conseguimos seguir uma lógica, tudo fica um pouco mais simples. E, ainda, não podemos esquecer que existem alguns truques por aí – o que facilita ainda mais tudo isso.

Para finalizar!

Aqui vai uma dica simples; na verdade, um truque, que pode te ajudar a identificar quando o verbo está no infinitivo. Você já viu por aqui que o verbo no infinitivo se apresenta de duas maneiras: pessoal e impessoal. No entanto, vale ressaltar que, para conseguir identifica-lo, você apenas deve observar sua terminação. Em seu estado natural: ar, er ou ir (e or, para o verbo pôr).  Ou quando flexionado: es, des, em e mos.

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