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Gigantes varejistas; aquisição no varejo movimenta mundo financeiro

Há um tempo, o mercado financeiro vem imaginando sobre qual seria o próximo alvo da Lojas Renner na sua estratégia de M&As após o aumento de seu capital. Bradesco BBI avaliou que Dafiti seria uma ótima opção de combinação das gigantes varejistas. Saiba mais!

varejista dafiti e renner
Fonte: Google

Há poucos meses, em abril, saiu uma notícia de que a grande empresa varejista, Lojas Renner (LREN3), realizaria uma oferta bilionária de ações; e essa notícia abalou o mercado, deixando os analistas bastante pensativos. Aos olhos da XP Investimentos, os recursos que a Renner captará com o follow-on são muito grandes para permanecer na simplicidade do crescimento orgânico.  Por esse motivo, a gestora já imaginava que o dinheiro poderia ser usado na compra de gigantes varejistas; ou seja, suas rivais.

Conforme relatório divulgado pela XP, já era esperado que a companhia possuísse algum tipo de estratégia, como de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) em seu radar; visto que, a posição financeira da varejista era o bastante para sustentar seu crescimento orgânico. Ainda, podemos lembrar que a Renner finalizou o quarto trimestre de 2020 com uma posição bem confortável, R$2,7 bilhões de caixa. Além de um nível de endividamento de dar inveja, somente 0,6x a dívida líquida sobre EBITDA.

Aquisição entre gigantes varejistas empolga analistas

Desde abril, quando surgiu o follow-on de R$4 bilhões da gigante varejista vermelhinha, a Lojas Renner, os analistas do mercado financeiro têm imaginado e previsto qual seria o próximo alvo da empresa na estratégia de fusões e aquisições (no inglês, M&A: Mergers and Acquisitions). Para o Bradesco BBI, a Dafiti, maior grupo de e-commerce de moda da América Latina, é uma das principais candidatas da lista.

Em relatório divulgado no último dia 30, os analistas Renan Sartorio, João Andrade e Richard Cathcart escreveram que a compra da companhia seria uma boa decisão, se pararmos para analisar o sistema alinhado entre as empresas; o que permite a criação de uma gigante varejista, com nada mais nada menos que R$5 bilhões em GMV (Volume Bruto de Mercadorias) no e-commerce.

Com uma carteira composta por mais de 6 mil marcas e quase meio milhão de produtos à venda no e-commerce, a Dafiti opera em vários países da América Latina; além do Brasil, temos Chile, Argentina e Colômbia. Inclusive, no último ano, a companhia teve um faturamento de R$3,4 bilhões. Sem falar nos serviços oferecidos pela empresa, o Dafiti Prime e o Dafiti Card. Sensacional, não acha?

Outras possibilidades de M&As

Segundo analistas da XP, a gigante varejista Renner também pode buscar outras companhias digitais para adquirir; por exemplo, Amaro e Privalia são excelentes opções. Apesar de que a última protocolou, recentemente, mais uma tentativa de oferta inicial de ações, o que diminui as chances de ela ser um alvo. Porém, de qualquer forma, eles acreditam que a aquisição de pequenas empresas digitais ou empresas de fintech é mais provável de acontecer no curto prazo para complementar a proposta de valor do ecossistema.

Além disso, os analistas também desejam que a Arezzo, marca de calçados femininos, seja muito ativa na busca de companhias nativas online do setor de vestuário, ou seja, da mesma forma que as recém-adquiridas Pantys, BAW e Haight; assim como marcas mais comuns, por exemplo Shoulder, Yogini e Mixed.

Não para por aqui! Ainda acreditam que exista espaço para a Vivaram buscar oportunidades para se firmar no mercado, especialmente por meio de marcas que complementem seu portfólio em relação ao público-alvo, com sua concorrente, H.Stern sendo uma das candidatas. Finalmente, na visão deles, a C&A aparenta estar em uma frente um pouco mais reativa; enquanto o Grupo Soma deve estar atento a integração com a Hering. 

E se, a Renner realmente comprasse a Dafiti?

varejista dafiti e renner
Fonte: Google

O trio de analistas acredita que a Dafiti seria, de fato, uma aquisição atraente para a Lojas Renner; uma vez que traria uma cartela de 8 milhões de clientes ativos, quase R$4 milhões de Volume Bruto de Mercadoria, ou GMV, e um mercado super desenvolvido. Além disso, não podemos esquecer das categorias complementares, como roupas esportivas, utensílios domésticos e beleza. Interessante, não acha?

Em troca, analisam os especialistas, a Renner poderia disponibilizar sua experiência e habilidade em lojas físicas em administração de estoque, assim como, sua expertise de desenvolvimento de serviços e produtos financeiros. Além disso, o negócio virtual poderia se transformar em um “ímã” de marcas e tráfego, conforme avaliação do Bradesco BBI, com a Lojas Renner se estabelecendo como um destino experiente no setor da moda. A ideia da combinação das gigantes varejistas não é nada ruim!

O principal alvo é o e-commerce

Os analistas do ramo acreditam que os players de e-commerce são as figuras mais ativas na busca por oportunidades e possibilidades de fusões e aquisições, como já falamos: M&As; especialmente, por meio da junção e aumento de novos grupos e espécies no 1P – o modelo de e-commerce tradicional, aquele onde as empresas compras do atacado e vendem diretamente para os clientes, com valores pesados de estoque e distribuição; ou seja, estoque próprio.

Ainda, os analistas veem essas companhias buscando por capacidades e funcionalidades que integralizem e acrescentem seus ecossistemas, como players de conteúdo ou logísticos, e fintechs. Contudo, os analistas não acreditam que os players de e-commerce sejam prováveis compradores do grupo GPA – empresa controlada pelo Casino, que está ligada a gigantes varejistas como Extra, Pão de Açúcar, Assaí e outras. Afinal, eles entendem que o setor alimentar é bem complexo de operar.

Por outro lado, eles anseiam que o Carrefour Brasil seja um provável comprador; enquanto isso, o Assaí Atacadista e o Grupo Mateus, apesar de estarem mais focados no crescimento orgânico, podem buscar possibilidades de aquisição de atacarejos regionais. Por fim, em relação ao segmento de supermercados e farmácias, a XP acredita que seja o setor menos provável de ter movimentações de comercialização. Porém, nada é impossível.

Para finalizar sobre o assunto: gigantes varejistas

Então, se a Renner adquirisse a Dafiti, a junção das lojas físicas da vermelhinha e suas experiências no desenvolvimento de serviços e produtos e no gerenciamento de estoque; em parceria com a expertise da Dafiti de mercado e no meio do comércio eletrônico resultaria em um negócio com um enorme potencial de crescimento.

Ou seja, podemos, de fato, afirmar que seria uma gigante varejista. Os clientes, e os investidores, teriam grandes motivos para ficarem felizes com essa combinação.

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Formada em direito, redatora há cerca de 3 anos, apurando e escrevendo sobre investimentos, produtos, serviços e educação financeira.