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Guerra em Israel: como isso afeta o setor financeiro brasileiro?

A guerra em Israel contra o Hamas vai além de suas fronteiras. Sua influência pode recair sobre a economia global e, possivelmente, até sobre seus investimentos.

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Fonte: Google

Imagens de conflitos armados no Oriente Médio têm se espalhado pelo mundo desde 7 de outubro de 2023. O grupo Hamas, considerado um grupo terrorista por diversos países, disparou milhares de foguetes contra Israel, resultando na trágica morte de centenas de civis em um ataque surpresa. Esses conflitos têm raízes complexas, relacionadas a questões territoriais, históricas, religiosas e políticas, envolvendo judeus e palestinos na região.

Especialistas em economia mundial alertam que esse conflito gera incertezas nos mercados financeiros. A principal preocupação está relacionada à possível interferência na exploração e transporte de petróleo, uma vez que o conflito ocorre nas proximidades de grandes produtores de petróleo, como Arábia Saudita e Irã. Essa instabilidade geopolítica pode impactar os preços do petróleo e, por consequência, a economia global.

Como a Guerra em Israel afeta o Brasil?

Analistas que acompanham o mercado de investimentos afirmam que se o preço do petróleo continuar a subir nos próximos dias e semanas devido à Guerra em Israel, existe a possibilidade de causar um impacto na inflação brasileira. Isso significa que os preços mais altos acabarão sendo repassados para o consumidor final.

Nesse cenário, podemos esperar uma mudança na tendência de queda das taxas de juros no Brasil, já que os investidores começarão a considerar uma inflação mais duradoura e, consequentemente, juros mais altos do que os anteriormente previstos. Além disso, há a possibilidade de uma saída de investimentos de ativos de risco no Brasil.

No entanto, alguns especialistas têm uma visão diferente e acreditam que um cenário de prolongamento e agravamento do conflito, juntamente com um aumento significativo da inflação no Brasil, não é o resultado mais provável. Outros países já estão trabalhando para encontrar soluções, como os Emirados Árabes Unidos e o Egito, que estão tentando mediar conversas entre Israel e os palestinos.

Outros detalhes importantes

No que diz respeito às ações, as empresas petrolíferas, como a Petrobras, devem se beneficiar do aumento dos preços do petróleo. No entanto, há uma preocupação relevante em relação à estatal, uma vez que ela não segue mais a antiga política de preços internacionais. Se a empresa não repassar o aumento do preço do petróleo para os consumidores, sua lucratividade pode ser afetada.

É fundamental acompanhar de perto os desdobramentos do conflito, pois o envolvimento e a posição de outras nações árabes envolvidas na produção de petróleo podem resultar em uma redução da produção e, consequentemente, em novos aumentos nos preços do petróleo. Infelizmente, a perspectiva a curto prazo não é otimista, o que significa que o dólar, as taxas de juros e os preços do petróleo provavelmente continuarão a subir.

Além disso, infelizmente, estamos falando de um conflito de longa data. A guerra entre Israel e o Hamas é um problema profundamente enraizado e complexo. Enquanto muitas pessoas buscam uma solução pacífica, as tensões persistem devido às questões políticas, territoriais e religiosas envolvidas. A resolução do conflito requer a cooperação de ambas as partes e o apoio da comunidade internacional.

Agro brasileiro também pode sofrer impactos


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Fonte: Google

O conflito entre Israel e o Hamas no Oriente Médio pode ter consequências para a agricultura brasileira. Embora o impacto inicial possa não ser sentido diretamente, os efeitos do conflito nos preços do petróleo tendem a afetar o custo de produção de fertilizantes, diesel e transporte, de acordo com pesquisas e análises. Outro risco é o envolvimento de países árabes que mantêm relações comerciais com o Brasil.

Análises sugerem que os indicativos apontam para um conflito prolongado. Se o conflito continuar por um período estendido, é possível que vejamos os preços de algumas commodities subirem. Espera-se que o confronto não tenha impactos no comércio agrícola entre o Brasil e Israel, assim como não prejudique a disponibilidade de fertilizantes israelenses – que são usados no Brasil.

Guerra em Israel e os investimentos

A tensão geopolítica no Oriente Médio, desencadeada pelos ataques terroristas contra a população israelense, teve um impacto imediato nos mercados internacionais. O dólar chegou a atingir a marca de R$5,18 na segunda-feira, 9 de outubro, enquanto o ouro encerrou o dia com uma valorização de 5,44%, e o preço do petróleo subiu 4,32%. Em momentos como esse, a importância de manter reservas em dólar, ou possivelmente em outras moedas fortes, como o franco suíço e o iene japonês, fica evidente.

Por essa razão, especialistas em investimentos defendem a alocação estratégica de recursos, de modo que os investidores sempre mantenham um portfólio dolarizado. Isso significa que os investidores precisam ter uma carteira diversificada o suficiente para minimizar os impactos de eventos significativos, como conflitos. Comprar dólar e petróleo no calor do momento não é a melhor abordagem. É mais sensato se prevenir.

Resta-nos apenas acompanhar os desdobramentos desse novo conflito nos próximos dias. Além disso, é aconselhável que investidores brasileiros fiquem atentos aos seus investimentos em ações, títulos, fundos mútuos e ETFs, especialmente aqueles com exposição a setores sensíveis à geopolítica, como energia, commodities e tecnologia.

Economia global pode ser devastada?

A guerra entre Israel e o Hamas está gerando preocupações significativas para a economia e os mercados financeiros. Há o temor de que uma escalada prolongada da situação possa desencadear uma crise grave e generalizada. Se a guerra afetar o fornecimento de petróleo, o resultado pode ser uma inflação persistente em nível global. Além disso, o aumento das taxas de juros futuros nos EUA pode impactar o crescimento econômico em todo o mundo.

Esses efeitos adversos também se refletem na economia brasileira, uma vez que taxas mais altas nos EUA tendem a valorizar o dólar. E isso pode prejudicar a inflação no Brasil. Ou seja, estamos diante do famoso ‘efeito dominó’.

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Formada em direito, redatora há cerca de 3 anos, apurando e escrevendo sobre investimentos, produtos, serviços e educação financeira.