Com certeza você já deve ter ouvido falar sobre a inflação, especialmente quando os jornais falam sobre a economia do Brasil. Mas você sabia que ela pode afetar seus investimentos? Continue lendo nosso artigo para saber mais!
Você consegue entender a alta dos preços? Consegue sentir na pele – ou melhor, no bolso – o peso do valor do combustível, da carne, do gás de cozinha de maneira desagradável? Então, tudo isso é um efeito da inflação. É muito comum ouvirmos falar sobre isso, mas, muitas vezes, as notícias sobre economia podem parecer meio confusas. Mas, hoje o meu papel é te mostrar que não é bem assim!
Ainda como, quando falamos de investimentos, ela influencia bastante a rentabilidade de suas aplicações. Porém, o problema é que uma parte dos investidores, principalmente no começo, não conseguem entender muito bem a importância dessa ‘taxa’ que causa o aumento dos preços de serviços e bens e mantém o foco somente nas porcentagens apontadas pelos índices das aplicações. Está pronto para entender os principais pontos desse assunto?
O que é a inflação?
A inflação é uma definição que está relacionada à alta generalizada e contínua do preço de serviços e produtos que encontramos no mercado. Ou seja, estamos falando do aumento do valor de um determinado bem ou serviço que consumimos na economia, como: carnes, frutas, combustível, ou até o ingresso de cinema, em um determinado período.
No Brasil, o IPCA é o índice oficial da inflação e, inclusive, serve até como base para alguns investimentos no Tesouro Direto. Também temos outros índices no Brasil, como o Índice Geral de Preços – IGP, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, o Índice de Preços no Atacado – IPA, dentre outros. Cada um desses índices é responsável por medir o comportamento dos valores de alguns produtos e serviços estabelecidos.
Por exemplo, há 15 anos atrás, o que você podia comprar com R$1? Um pastel? Um bombom? Uma água de copinho? Agora, pense nas coisas que você consegue comprar com o mesmo R$1 nos dias de hoje. Bem menos, não é? Isso significa que o seu dinheiro perdeu valor ao longo desses anos. Com os investimentos é da mesma forma, o investidor perde o valor do seu dinheiro com o passar do tempo.
Índices utilizados para medir essa taxa
Para monitorar a inflação, são utilizados alguns índices que têm relação com os valores dos produtos e serviços comercializados. Em outras palavras, basicamente, eles apresentam o movimento dos preços, seja de alta ou queda dos mesmos. No entanto, você verá que esses índices são diferentes para cada um deles. Afinal, no momento de pesquisa são considerados diferentes critérios, como: média de renda da população, região, períodos e itens.
O IPCA é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo; este índice apresenta qual é a mudança do custo de vida que a população tem. O IBGE é responsável por calcular isso mensalmente, e o índice leva em consideração a renda mensal de famílias que recebem de 1 até 40 salários mínimos. Além disso, o IPCA é a medida oficial do Banco Central do Brasil para esse ‘inchaço’ no valor dos bens e serviços.
Já o IGP-M é o índice Geral de Preços do Mercado, e é responsável por monitorar os preços mensais do comércio varejista, do comércio de atacado e de construção civil. A instituição responsável por esse cálculo mensal é a Fundação Getúlio Vargas (FGV), sendo bem utilizado para corrigir os valores de contratos, preços de aluguéis e de serviços públicos.
Como isso afeta o cotidiano das pessoas
Como você pôde ver, não existe uma maneira mais fácil de explicar qual o impacto da inflação no nosso dia a dia se não fizermos uma comparação entre o preço das coisas que compramos. Visto que, ao longo do tempo, a inflação faz o seu dinheiro perder o valor; quanto maior for o aumento excessivo dos preços dos bens e serviços, maior será a perda de valor.
Por exemplo, o salário mínimo. No Brasil, o salário mínimo é reajustado conforme variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC. Deste modo, o aumento geral e contínuo dos preços serve como base para que a renda mínima mensal dos brasileiros também seja ajustada. Sendo assim, na teoria, fazendo com que todas as pessoas tenham condições financeiras para acompanhar o aumento dos preços; infelizmente, na prática, as coisas não funcionam dessa forma.
Inflação X Investimentos
Em um cenário onde nos deparamos com a inflação alta e que a renda mensal do investidor não é capaz de acompanhar, consequentemente existirão menos aportes em razão do reajuste do custo de vida. Em outras palavras, sem dinheiro não tem como fazer investimentos! Além disso, você vai conhecer abaixo outros tipos de relacionamento entre os dois fatores:
- Impostos
Os investidores precisam analisar cada aplicação separadamente para ter uma noção exata se um aporte vai conseguir se ressaltar em meio à inflação. Afinal, caso uma aplicação gere um inchaço no total nominal dos preços, descontos como despesas ou imposto de renda ainda são necessários para chegarmos ao rendimento real.
- Títulos públicos
Alguns títulos públicos, como o Tesouro IPCA, são ligados ao crescimento exagerado dos preços. Neste caso, eles podem ser uma boa alternativa para aqueles que querem proteger o seu dinheiro contra o movimento futuro de reajustes de preços. Porém, não se esqueça de analisar o risco x retorno; sobretudo nos investimentos de longo prazo.
- Taxa de juros
Como pudemos ver, a taxa básica de juros é usada para regular a inflação. Por ser usado como benchmark para certos investimentos, seu retorno sobre as aplicações feitas pode aumentar ou diminuir de acordo com a variação da inflação. Sendo assim, a inflação também afetará seus investimentos por meio de variações da taxa Selic.
Por fim
A inflação é um conceito fundamental para um bom planejamento financeiro, seja para nós mesmos, ou para o governo e as empresas. Ela é responsável por nos indicar quanto o nosso dinheiro está valendo, agora e com o passar do tempo. Além disso, ela também auxilia os investidores a compreenderem suas aplicações.
Então, sendo assim, seja como cidadão tradicional ou como investidor, é necessário – e muito importante – acompanhar isso de perto, para que possamos evitar problemas financeiros.
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