Intervenção do Banco Central; oscilação do dólar e política monetária

Intervenção do Banco Central do Brasil esconde o mundo exterior; dólar possui estabilidade e a política monetária continua em foco. É isso mesmo, se você se interessou no assunto, não deixe de ler nosso artigo até o final. Garanto que não irá se arrepender!

O fim de setembro foi movimentado para o mundo das finanças! No dia 27 de setembro, a moeda americana estava oscilando entre estabilidade e pequena queda frente a moeda brasileira. Isso aconteceu, especialmente, após o anúncio da intervenção do Banco Central em realizar leilões adicionais de swap cambial ofuscando – e sobrecarregando – a demanda externa pela divisa norte-americana.

Enquanto isso, os investidores permaneciam atentos ao ponto de vista da política monetária do Brasil e dos Estados Unidos da América. Além disso, tivemos também o aumento de 1 ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic. Economistas do mercado acreditavam, antes da reunião do Copom, que a elevação seria uma média de 1,25 a 1,5 ponto percentual. Enfim, quer saber um pouco mais sobre esse universo financeiro? Continue lendo nosso post!

Intervenção do Banco Central; BC divulga a realização de leilões de swap

Em meados do mês de setembro, o Banco Central divulgou que começaria a realizar leilões adicionais de swap cambial, partindo do dia 27 de setembro de 2021. Os leilões são realizados às segundas-feiras e quartas-feiras. Sendo assim, o objetivo desses leilões é fazer com que o mercado de câmbio continue funcionando de forma regular.

Então, continuando, é preciso continuar sempre observando a demanda por moeda referente ao desmonte pelos bancos de uma proteção de câmbio extra no fim do ano, iniciando com oferta de 14 mil contratos neste pregão. Essa proteção cambial é conhecida como ‘overhedge’, mas deixou de ser interessante depois de mudanças em regras tributárias, que foram divulgadas no começo do ano passado. Além disso, desfazer o ‘overhedge’ acarreta a compra de dólares.

Ademais, a intervenção do Banco Central para a realização desses leilões se dá devido ao impacto da Lei nº 14.031, que dispõe sobre o tratamento tributário das variações cambiais dos investimentos estrangeiros. Por fim, as condições de funcionamento de cada leilão serão publicadas por meio de edital do Departamento de Operações de Mercado Aberto – Demab; um dia útil antes de sua realização. A frequência dos leilões, assim como a quantia de contratos objeto podem ser ajustados, a critério do BC.

Banco Central eleva taxa Selic em 1 ponto percentual

Por intervenção do Banco Central, a Selic, taxa básica de juros, foi elevada em 1 ponto percentual; alcançando o nível de 6,25% ao ano, continuando o seu violento período de dificuldades monetárias para controlar uma inflação que está se mostrando cada vez mais disseminada e persistente. Portanto, economistas têm a sensação de que essa elevação tenha deixado a desejar. Afinal, talvez tenha faltado atitude e verdadeira preocupação com o cuidado da política monetária; uma vez que a inflação está se realimentando dia após dia.

Em comunicado oficial, o Banco Central anunciou que deverá adotar mais um ajuste de mesma magnitude no próximo encontro com o Comitê de Política Monetária, no mês de outubro. Além disso, destacou que sua intenção é avançar naquelas áreas em que a taxa de juros contribua para o esfriamento da economia para assim, conseguir frear a inflação.

De acordo com a pesquisa Reuters, 25 dos 35 economistas que foram ouvidos estavam prevendo o aumento de 1 ponto percentual da taxa Selic; enquanto isso, oito economistas projetaram 1,25 ponto percentual de aumento; os dois economistas restantes acreditavam que a taxa subiria 1,5 ponto e 0,75 ponto na taxa básica de juros. Esta foi a segunda vez consecutiva que o BC ajustou a Selic nesta intensidade.

Oscilação do dólar chama atenção dos investidores

No dia 27 de setembro, última segunda-feira do mês, a moeda americana alcançou sua quarta alta consecutiva; alta de 0,66%, fechando o dia com cotação de R$5,379 para venda. Ou seja, esse valor é o maior atingido desde meados do mês de agosto, quando o dólar finalizou a sessão sendo comercializado a R$5,385. Mas, por outro lado, o Ibovespa teve um dia positivo, com alta de 0,27% e concluiu o pregão aos 113.583,01 pontos.

Sendo assim, com o desempenho daquela segunda-feira, a moeda americana agora está 4% mais valorizada do que a moeda brasileira, no mês de setembro; e soma valorização de 3,66% frente ao real no ano de 2021. Porém, infelizmente, o Índice Bovespa registrou queda em ambos os períodos: 4,38% em setembro e 4,57% em 2021. O valor do dólar que encontramos diariamente sendo divulgado é do dólar comercial; então, para quem vai viajar o valor é outro – e bem mais alto.

Política Monetária

Para começar, você sabe o que é política monetária? Então, se trata de um conjunto de medidas utilizadas para viabilizar e possibilitar o controle da quantia de moedas que estão circulando na economia. Tais medidas impactam de forma direta na inflação e na taxa Selic; seja promovendo ou recolhendo a economia, tudo dependerá do cenário e da situação que se apresenta. Se você é um investidor, é essencial acompanhar esse indicador ao fazer seus investimentos.

O BC é o órgão responsável por fazer o controle da quantia de moeda circulante na economia através do Copom, o Comitê de Política Monetária. Sendo assim, as medidas usadas pela Política Monetária buscam equilibrar a economia; mas, de que forma? Simples, mudando a oferta de moeda e estabelecendo as taxas de juros. Essas definições são fundamentais para superar e conter crises, assim como manter a inflação sob controle.

Ou seja, a Política Monetária determinará se a taxa básica de juros, a taxa Selic, será mantida ou alterada. Essa medida, além de interferir de forma direta no mercado de investimentos, também interfere no poder de consumo das pessoas; visto que, essa decisão tem impactos no valor do real e nos preços de serviços e bens. Sendo assim, indicamos que você não deixe de acompanhar a oscilação e evolução da Selic, é muito importante.

Por fim

Desde agosto deste ano, já estava sendo apontada a intenção da intervenção do Banco Central de levar a taxa básica de juros para além do nível neutro, com a Selic finalizando o ciclo; portanto, em um patamar em que a taxa operaria com a intenção de desaquecer a economia. No entanto, os desafios para a política monetária, que também compõem o lado fiscal e os aquecimentos no exterior, têm recebido novos contornos.

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