Mercado de Varejistas Em Meio a Um Cenário Volátil

Analistas e investidores estão enfrentando desafios no mercado de varejistas, com muitos ainda hesitantes em vista do comércio eletrônico. 

Enquanto as expectativas eram de que as taxas mais baixas de juros impulsionariam as ações das varejistas, a realidade deste ano está se revelando diferente para muitas empresas listadas na Bolsa brasileira. Diante desse contexto, os investidores estão direcionando seu foco para empresas que demonstram maior resiliência em meio à turbulência econômica.

Neste artigo, vamos explorar  o atual cenário das ações das varejistas no mercado financeiro, analisar o comportamento dos investidores e discutir as tendências que podem moldar o setor nos próximos dias. Portanto, continue lendo para se manter informado sobre as últimas novidades do mercado financeiro.

A Contexto Atual do Mercado de Varejistas

O índice de consumo da B3 ICON registrou uma queda de aproximadamente 6% no acumulado (2023). Enquanto o Ibovespa apresentou um aumento de 5% no mesmo tempo. O mês de setembro foi marcado pelo segundo corte consecutivo que o Copom realizou nos juros (taxas). O índice ICON caiu 5,5%, em comparação com uma queda aproximadamente de 0,4% do Ibovespa (acumulado do dia 28/09). No entanto, vale destacar que há uma notável disparidade entre os desempenhos de diferentes ativos no setor.

Quando se trata do mercado de varejistas, vários fatores estão levando os investidores a adotarem uma postura de forma mais cautelosa, no que se diz respeito às empresas do setor. Esses fatores incluem a entrada de empresas internacionais no programa Remessa Conforme, que altera as normas de tributação de compras internacionais, as discussões a respeito de uma reforma tributária, assim como a visão de uma recuperação ainda devagar nos resultados.

Nesse contexto, quais ações são mais atraentes e quais são ainda com ressalvas pelos gestores e analistas? Uma pesquisa realizada com investidores em Londres e nos Estados Unidos revelou que ainda há um sentimento de mais cautela, de forma que ainda é conservador o posicionamento nas empresas do setor, especialmente devido às preocupações em relação às questões tributárias que afetam o setor.

Cenário Nacional

Em geral, o mercado de varejistas ainda conta com um cenário de pessimismo e cautela, de acordo com estudos realizados por analistas, após conversas recentes com investidores, tanto estrangeiros quanto locais. Os analistas envolvidos nos relatórios elaborado nos últimos dias apontam que o Brasil está em uma posição macroeconômica desfavorável em comparação com outros mercados emergentes, de forma que o desempenho do setor de varejo tem ficado não tem alcançado o índice de referência.

Em meados de setembro, outra equipe de analistas se reuniu com grupos de investidores  aqui no país e observou que a olhar para o mercado de varejo ainda é bastante desfavorável. Por sua vez, os investidores têm optado por acompanhar esse mercado “mais de perto” nos últimos meses, e principalmente, nos últimos dias.

As preocupações incluem a dinâmica do fluxo de caixa e da alavancagem, uma demanda cada vez menor devido às famílias endividadas excessivamente e os riscos regulatórios relacionados aos benefícios fiscais. Sendo assim, são estes pontos que estão sendo acompanhados mais de perto neste momento negativo para o setor.

Um Momento de Pessimismo

Em geral, ainda é negativa a visão que temos para o mercado de varejistas, de forma que apenas poucos investidores se mantém dispostos a enxergar além da fraqueza de curto prazo na demanda dos consumidores. Eles estão considerando os benefícios potenciais dos cortes cumulativos nos juros, e a gradual redução do endividamento das famílias, assim como a melhoria nos balanços periódicos das empresas.

No entanto, as notícias recentes sobre potenciais mudanças nos incentivos fiscais estão focadas cada vez mais. Sendo assim, os investidores demonstram ter uma confiança relativamente limitada em relação aos benefícios, desde os que podem ser mantidos até aos que podem ser revogados. Durante todas as reuniões realizadas, a questão tributária foi pauta principal. Isso porque diversos investidores ainda buscam compreender as novas definições para identificar as empresas que estão mais expostas aos riscos. 

Destaques no Cenário Brasileiro no Mercado de Varejistas

Diversas empresas foram alvo de discussões entre os investidores. Inclusive, a forma como eles as enxergam varia. Um exemplo é o Assaí (ASAI3), do segmento de atacarejo, que foi um destaque, sendo um dos mais debatidos nomes. Seu valuation tem chamado a atenção, e o atacarejo é considerado uma opção segura para investir.

Outra empresa que tem atraído a atenção dos investidores é a SmartFit (SMFT3). Com a maioria deles analisando mais de perto essa oportunidade de investimento. O Grupo Soma(SOMA3), que é proprietário de marcas como Farm e Hering, também é um nome de interesse, embora o desempenho fraco precificado em um cenário negativo.

A recente elevação da liquidez da Vivara (VIVA3), graças a um acordo recente dos acionistas, trouxe a empresa ao radar e também à carteira de investidores internacionais. No entanto, alguns ainda têm dificuldade em compreender a dinâmica do segmento joalheiro no país. Dentre outros nomes discutidos, citamos a Natura&Co (NTCO3) e a Onda 2, que representa a integração entre duas marcas: Avon na América Latina e Natura. Grande parte dos investidores está cética quanto à expectativa de longo prazo dessas empresas.

Conclusão

Em resumo, o mercado de varejistas no Brasil enfrenta um cenário desafiador. Com analistas e investidores adotando uma postura cautelosa devido a fatores como a incerteza tributária e o fraco desempenho econômico.

A resiliência das empresas em meio a essas adversidades é um importante destaque. Com algumas delas atraindo mais atenção do que outras. À medida que o mercado continua a evoluir, os investidores permanecerão atentos às mudanças regulatórias e econômicas que podem afetar o mercado de varejistas.

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