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“Na volta a gente compra”: mentiras sobre dinheiro que prejudicam as crianças!

A utilização de mentiras como “na volta a gente compra” como forma de esconder a realidade financeira, pode abalar o vínculo entre pais e filhos. 

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Fonte: Google

Certamente, conforme a idade da criança, nem sempre é apropriado divulgar todos os detalhes sobre a situação financeira da família. No entanto, é imperativo analisar com atenção essa abordagem para prevenir impactos negativos nas relações familiares. Pois, se os adultos frequentemente recorrem à mentira e estabelecem limites baseados na desonestidade, as crianças podem interpretar que a mentira é aceitável. 

Esse ciclo perpetua a formação de gerações que lutam para gerenciar suas finanças. Por isso, neste artigo, exploraremos como evitar esse comportamento prejudicial e criar relações saudáveis entre pais, filhos e o dinheiro. Então, continue a leitura conosco e confira o conteúdo completo. Vamo lá!

Por que não é saudável dizer “na volta a gente compra”?

Imagine um fim de semana em que você decide levar seus filhos para um passeio no shopping. Chegando lá, eles se encantam com as vitrines e desejam comprar tudo o que veem. Nesse momento, muitos pais optam por dizer: “Na volta a gente compra”, em vez de discutir com franqueza a situação financeira da família. 

Mas o que essas mentiras aparentemente inofensivas estão ensinando às crianças? Pois bem, os reflexos dessa conduta não se restringem apenas ao aspecto financeiro. Afinal, cada família possui circunstâncias particulares que ultrapassam a simples exposição dos fatos financeiros. No entanto, a relação entre verdade e mentira na educação é um tema profundo e complexo. 

Quando os adultos dizem uma coisa e fazem outra, a confiança das crianças pode ser abalada. Elas podem começar a questionar a veracidade do que lhes é dito, levando a sentimentos de ansiedade e responsabilidade inadequada em relação a aspectos da vida que não deveriam ser de sua responsabilidade.

A desonestidade afeta negativamente

Essa falta de confiança gerada pela desonestidade pode afetar negativamente a autoestima e autoconfiança das crianças. Desta forma, levando-as a duvidar de si mesmas. Portanto, quando os adultos mentem, as crianças podem internalizar a ideia de que são as culpadas por criar expectativas erradas. 

Para estabelecer uma relação mais saudável entre pais e filhos, bem como uma educação fundamentada na honestidade, é essencial examinar e ajustar esse comportamento. Mas, por que é tão difícil ser honesto sobre dinheiro? A verdade é que discutir finanças é considerado tabu, independentemente da idade, e a dificuldade aumenta na idade adulta, gerando sérias consequências. 

De acordo com um estudo do Instituto Locomotiva, 46% das pessoas sofrem de ansiedade relacionada à sua situação financeira. Além disso, metade dos brasileiros evita até mesmo pensar sobre dinheiro, conforme revelado por um estudo do Datafolha com a consultoria Box1824. Mais de 60% das pessoas nunca discutiram seus ganhos. Se os adultos já têm dificuldades em abordar o tema, imagine conversar de maneira sincera com as crianças.

Como abordar o tema com as crianças?


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Fonte: Google

A comunicação aberta e a educação financeira podem ajudar os jovens a tomar decisões mais acertadas no futuro, incluindo a mudança da perspectiva sobre dívidas e a compreensão de que algumas situações financeiras são temporárias. Então, como podemos dizer a verdade? Quando se trata de abordar dinheiro com as crianças, os especialistas enfatizam a importância de como esse tema é introduzido, não apenas o conteúdo em si.

O tom das palavras é crucial. Pois, é necessário equilibrar as discussões sobre consumo e responsabilidade, sem ignorar os dilemas que fazem parte da infância. Portanto, as crianças devem compreender que nem tudo o que desejam pode ser obtido, mas isso precisa ser ensinado de maneira equilibrada. Sendo assim, considere a idade das crianças ao abordar o tema de forma mais adequada.

Também é importante considerar…

Normalizar os desejos das crianças é outra prática importante. Os pais devem acolher as emoções dos filhos com paciência, ensinando que dizer “não” é parte do processo, mas também ajudando as crianças a entender e lidar com a frustração. Após o choro, é possível conversar sobre o consumo consciente e a gestão financeira, mostrando que é natural desejar coisas, mas nem sempre será possível obtê-las.

Há dias em que satisfazer um desejo pode ser a melhor opção. No entanto, é fundamental equilibrar a satisfação das vontades dos filhos com a gestão responsável das finanças familiares. Além disso, evitar situações que incentivem o consumo, como visitas frequentes a lojas de brinquedos ou exposição a publicidade agressiva, pode ser uma estratégia eficaz para manter o controle financeiro.

Em um mundo cada vez mais digital, as crianças podem não compreender completamente que o dinheiro é finito. Portanto, a educação financeira infantil desempenha um papel fundamental na formação de adultos responsáveis e capazes de desfrutar de uma boa qualidade de vida.

Dizer “na volta a gente compra”, nunca mais!

Em vez de adotar uma postura de autoridade, os pais devem atuar como guias, ajudando as crianças a entender o mundo das finanças e a desenvolver habilidades que as preparem para um futuro mais seguro e consciente. Afinal, mentir sobre dinheiro para as crianças pode ter consequências significativas em seu desenvolvimento emocional e na formação de seu relacionamento com o dinheiro. 

Em vez disso, é essencial promover uma comunicação aberta, sincera e equilibrada sobre finanças desde tenra idade. Isso não apenas ajuda as crianças a compreender a importância do consumo consciente, mas também constrói uma base sólida para relacionamentos saudáveis entre pais, filhos e o dinheiro.

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Graduada em Letras, redatora com foco em finanças e notícias.