O que o setor Agro pode ensinar para o Brasil.

Cerca de 40 anos que o país registrou uma verdadeira revolução no setor Agro. Inclusive, esse é um dos fatores mais interessantes da nossa história recente. Diante disso, é certo dizer que o Brasil deveria aprender muitas coisas com o agronegócio. Confira!

O que o setor Agro pode ensinar para o Brasil.
Fonte: Google

Mesmo com a contração econômica, agravada pela pandemia do Coronavírus, o agronegócio registrou números muito bons no Brasil. O setor agro teve uma grande responsabilidade na economia brasileira no ano passado; na verdade, o impulso desse setor fez com que os resultados gerais não ficassem tão negativos. E, daqui em diante, a tendência é que o setor cresça ainda mais.

Por exemplo, o PIB do agronegócio brasileiro cresceu de maneira considerável em 2020. Aliás, o ano passado registrou safra recorde de grãos; além do aumento na produção de cacau, café e cana-de-açúcar. A soma das riquezas provenientes do campo ficou quase 25% maior, em comparação com o ano de 2019. Assim, alcançando o montante de R$7,45 trilhões – ou 26,6% do PIB do Brasil. No artigo de hoje, vamos falar da importância do campo para o país. Fique conosco até o fim!

Crescimento constante do setor Agro

O agronegócio brasileiro contribui com mais de um quarto do PIB e fechou o ano passado com superávit comercial de US $ 81,9 bilhões. Tudo isso aconteceu durante uma pandemia, em que diversos setores da economia sofreram prejuízos. Até o final deste ano, os especialistas esperam mais crescimento. Com o retorno da saúde e segurança, espera-se que os negócios globais se recuperem.

A demanda por matéria-prima vai aumentar, então o Brasil, como gigante das commodities, terá uma boa oportunidade de expandir o mercado. A melhoria contínua neste campo, a especialização dos trabalhadores e o investimento nas mais avançadas tecnologias também deverão trazer retornos substanciais. A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) prevê que a safra deve bater um novo recorde, principalmente em condições climáticas favoráveis.

O país deve colher 264,8 milhões de toneladas de grãos – isso é equivalente a 7,9 milhões de toneladas a mais que na safra 2019/2020, dos quais 50% são soja. Em proteína animal, a receita deve chegar a 308,5 bilhões de reais, ante 290,8 bilhões de reais em 2020. As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O Setor Agro tem mais produtividade

Nas últimas décadas, o setor agro tem sido o único da economia brasileira em que a produtividade aumentou. Por exemplo, em 1995, um trabalhador rural produzia em média R$4,70 por hora. Em 2018, a produção foi de R$19 – um aumento anual de 6,5%. Já no setor industrial, a produção foi de R$32,70, que caiu para R$31,10, uma queda de 0,2% ao ano.

Esses números chamativos mostram que as tendências do setor industrial brasileiro são preocupantes – em grande parte, a culpa é da própria indústria. A cadeia industrial é longa e complexa, portanto, são os setores geradores de impostos. No entanto, é injusto dizer que o setor agrícola não tem apelo político (exceto para os eleitores, ele detém e ocupa um número considerável de cadeiras no Congresso Nacional), mas historicamente, esse setor raramente é lembrado.

Pode-se dizer que o agronegócio recebeu subsídios de bancos públicos, como o Banco do Brasil, ou citou o extraordinário trabalho da Embrapa em desenvolvimento tecnológico nessa área, mas, mesmo assim, não estudamos a fundo essa situação. Poucos na indústria podem encontrar aplicações práticas e fazer o acompanhamento com os fabricantes. Ligar pesquisa e produção é frequentemente visto como um ataque à independência dos centros de ensino e pesquisa.

Setor Agro – Commodities

O que o setor Agro pode ensinar para o Brasil.
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No entanto, dentre todos os fatores, aquele que mais colabora para a explicação do sucesso agro é exatamente a sua essência em produzir “commodities” – aqueles produtos com origem agropecuária ou de extração mineral, em seu estado bruto e com pouca industrialização, produzidos em larga escala e com destino ao comércio externo; por exemplo, soja, café, petróleo e trigo. Além disso, eles podem ser produzidos em vários lugares do mundo; por esse motivo, suas negociações são globais.

Por exemplo, o açúcar brasileiro compete com o açúcar da índia. A soja do Brasil compete com a soja dos Estados Unidos. Enquanto o café produzido em nosso país compete com aquele produzido na Colômbia. Então, de forma objetiva, constantemente o setor agro precisa superar concorrentes ao redor do mundo e entregar os produtos mais competitivos.

A indústria e seu mercado cativo

Por outro lado, diferente do setor agro, a indústria tem o seu mercado cativo. Altas barreiras de importação garantem que não sejamos vítimas de preços baixos em países que possuem melhor tecnologia e produtividade. Ao olhar os poucos projetos de desenvolvimento que foram bem sucedidos em outros países a disputa é, por ampla vantagem, a distância entre o sucesso e o fracasso até então.

Pensar e desenvolver uma “indústria nascente” e a impedir de ter acesso a troca de experiência com demais indústrias e empresas maduras, é um fracasso absoluto, com toda certeza. No entanto, é preciso continuar insistindo nisso. Embora seja complicado – e triste – afirmar que a falha da indústria do Brasil é, em grande parte, “mérito próprio”, é apenas uma questão de retrospecto.

Somente nos últimos dez anos apareceram programas que isentam os impostos na folha de pagamento, crédito subsidiado e subsídios em conta de energia de segmentos industriais. Mas, vamos ser sinceros, em que isso ajudou? Outras medidas que poderiam ser interessantes e colaborar para esse processo, como uma reforma tributária que possibilite uma produção racionalmente econômica, ou uma abertura comercial que facilite a importação de tecnologia, não obtiveram suporte.

O Agro é fundamental para a economia do Brasil

Por fim, o agronegócio é essencial para a economia do Brasil e responde por um em cada três empregos no país. Ou seja, o Brasil deve manter e potencializar os estudos nessa área para aumentar cada vez mais o faturamento e a produção.

Atualmente, o Brasil está na lista dos maiores produtores do mundo; dentre os principais produtos tupiniquins temos milho, algodão, soja, café, feijão, arroz, celulose, açúcar, laranja e carnes (de frango, bovina e suína). Uau! É bastante coisa, não?

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Formada em direito, redatora há cerca de 3 anos, apurando e escrevendo sobre investimentos, produtos, serviços e educação financeira.