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Setor varejista; faturamento cresce durante Black Friday 2021

Ao longo dos anos, ainda com seus percalços e obstáculos, a Black Friday acabou caindo no gosto do povo brasileiro; sendo assim, um dos eventos mais aguardados para o comércio do país – especialmente para o setor varejista. Veja os resultados do evento deste ano!

Setor varejista
Fonte: Google

A tendência para este ano era de um evento mais movimentado do que a edição passada – era o desejo do setor varejista; no entanto, analistas e especialistas da área econômica afirmaram que a data enfrentaria alguns desafios, por exemplo, a alta taxa de juros e a inflação elevada. Inclusive, apenas essa duplinha já é responsável por influenciar na escolha de compra dos consumidores em várias ocasiões.

Como se esse cenário de crise que o Brasil enfrenta já não fosse o suficiente, ainda existe outro vilão que poderia ter dificultado o sucesso desse evento anual: o alto custo de produção dos itens mais procurados. Contudo, mesmo com todos esses pontos negativos e essas dificuldades, o varejo brasileiro registrou aumento de mais de 6% no faturamento nominal se comparado com o último ano. Interessante, não é? Continue lendo e saiba mais!

Índice Cielo aponta crescimento de 6,3% no setor varejista

O setor varejista brasileiro – físico e online – na Black Friday registrou um aumento de 6,3% no faturamento nominal em relação com o ano passado, conforme o Índice Cielo do Varejo Ampliado. O e-commerce cresceu 15,3% e o varejo físico teve alta de 2%. Os números são das vendas do dia 26 de novembro de 2021, em comparação com 27 de novembro de 2020. Segundo a Cielo-ICVA, mesmo com o aumento, o patamar de faturamento do varejo foi 9,1% inferior ao registrado em 2019.

O setor com mais avanço no faturamento nominal foi o de Turismo e Transporte. A elevação foi de 54,4% sobre o mesmo período do último ano. A maior queda, de 9%, foi registrada em Materiais para Construção. A região Sul foi que a com mais aumento no faturamento nominal na Black Friday, com crescimento de 8,5% sobre 2020, de acordo com o ICVA.

Considerando o período da Black Friday, o varejo total teve crescimento de 7,8% no faturamento nominal em relação ao ano passado. O comércio eletrônico teve um avanço de 13,8% em igual comparação e o físico, de 4,9%. Nesse período acumulado, o varejo apontou um faturamento 1,5% inferior ao de 2019, conforme o ICVA, em termos nominais.

Cenário da economia e o comportamento do consumidor

Devido a renda baixa e a taxa de inflação alta, os consumidores ficaram um pouco mais apreensivos em gastar. Além disso, existe também a insegurança gerada pela Ômicron – a nova variante do Coronavírus. Esses fatores também indicam que a data mais esperada do ano, o Natal, seja um pouco mais retraído. Na verdade, nessa Black os consumidores optaram por priorizar os itens mais necessários e com valor mais baixo.

Segundo entrevista realizada com o economista sênior da CNC, Fabio Bentes, essa Black Friday foi um pouco mais fraca do que suas edições anteriores; principalmente, se tratando de volume de vendas. Os economistas esperavam um aumento de cerca de 10% na circulação, e o observado por aí foi um aumento de 5%. Na verdade, o faturamento maior se deu pela alta de preços, frente a inflação e a desvalorização da moeda brasileira.

Ainda, Bentes declarou que a inflação de 2021 foi um fator que trouxe dificuldades para o comércio; por isso não encontramos por aí descontos tão altos e atrativos. A CNC destaca que, no último ano, mais de 45% dos produtos que os consumidores mais tiveram interesse possuíam potencial de bons descontos. Já este ano, somente 26% dos produtos alcançaram essa margem.

Poder de compra dos brasileiros é reduzido

Setor varejista
Fonte: Google

Com a alta da inflação e os juros acima da média, o poder de compra da população brasileira também caiu. Ainda assim, conforme pesquisas feitas e divulgadas pela CNN, os consumidores estavam dispostos a gastar a mesma quantia que na Black Friday do último ano, 2020. No entanto, especialistas afirmam que mesmo que haja essa vontade, é um pouco complicado estimular a compra; visto que os preços estão mais elevados.

Além disso, tem a restrição de renda das pessoas. Ainda, acerca dos descontos, os especialistas afirmam que já imaginavam que seria bem menor do que as edições anteriores do evento; afinal, muitos equipamentos ficaram mais caros, cerca de 30%. Por exemplo, para algumas categorias, como a de eletroportáteis e eletroeletrônicos, o cliente conseguiu achar, no máximo, o mesmo preço de janeiro deste ano.

Quais eram as expectativas do setor varejista para a Black Friday?

Conforme os analistas da área, a Black Friday é responsável por representar em média 4% das vendas anuais do setor varejista. Considerando que, segundo especialistas, a estimativa de venda para o varejo neste ano era entre R$150 e R$160 bilhões, a Black Friday deveria levantar, em média, R$5,5 bilhões; visto que no ano passado, as vendas foram de, em média, R$5 bilhões. Era isso que os experts do mercado financeiro esperavam.

Ou seja, a expectativa era que a Black Friday de 2021 seguisse a mesma linha do evento em 2020: um crescimento no faturamento, todavia com uma quantia de vendas menor. Além da autoridade dos eletrônicos – como de praxe – a expectativa era que outros produtos também se destacassem, como o setor alimentício, por exemplo, que segue muito afetado por conta da inflação nos últimos tempos.

Por fim, se comparado com o evento original criado e aperfeiçoado nos Estados Unidos, o propósito da Black Friday é um pouco diferente no Brasil. Por lá, a data acontece depois do feriado de Ação de Graças e é como se fosse uma queima de estoque que as lojas fazem antes do natal; já no Brasil, a Black Friday acaba se estendendo por muitos dias. Enfim, pode-se dizer que as expectativas dos analistas foram atendidas – ou quase.

Para finalizar

As expectativas para a Black Friday deste ano eram bem altas – tanto para o setor varejista e setor online quanto para os consumidores. Sim, é verdade que houve crescimento nas vendas; mas, mesmo assim os números não alcançaram aquilo que era esperado, especialmente no comércio eletrônico. Contudo, por outro lado, como você já viu, o varejo físico vendeu mais do que no último ano. Além disso, a inflação alta e os descontos baixos contribuíram para a retração dos consumidores.

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Formada em direito, redatora há cerca de 3 anos, apurando e escrevendo sobre investimentos, produtos, serviços e educação financeira.