Preloader Image 1 Preloader Image 2

Spread Bancário: O que é? Como afeta suas finanças?

Bancos e instituições financeiras cobram o spread bancário em várias operações financeiras para obter lucro e cobrir seus custos operacionais. Saiba mais detalhes aqui!

spread-bancario
Fonte: Google

O spread bancário é um termo frequentemente associado aos altos juros que vemos no Brasil. Ele representa a diferença entre os juros que uma instituição financeira paga a você por seus investimentos e os juros que cobra de você ao emprestar dinheiro. Em outras palavras, o spread bancário é a margem de lucro que a instituição financeira obtém com suas operações de crédito.

Quanto maior o spread, mais o banco ganha e mais você paga pelos empréstimos. No entanto, é importante notar que esse percentual também é projetado para cobrir os custos operacionais da instituição, como funcionários, infraestrutura e riscos de mercado. No contexto financeiro, entendê-lo é fundamental, pois afeta diretamente o crédito e o retorno sobre investimentos.

Mas afinal, o que é e para que serve o Spread Bancário?

O spread bancário, de forma simplificada, é a diferença entre o que os bancos pagam para captar dinheiro e o que cobram para emprestar dinheiro. Esta diferença é fundamental para o modelo de negócios das instituições financeiras, pois representa a sua margem de lucro e cobre os custos operacionais. No entanto, o spread bancário pode ser motivo de preocupação para consumidores e empresas.

 Afinal, afeta as taxas de juros que pagam por empréstimos e recebem em investimentos. O spread varia de acordo com diversos fatores, incluindo o tipo de operação financeira, os riscos envolvidos, a política monetária do país e os custos administrativos dos bancos. Taxas de juros elevadas nos empréstimos e baixas nos investimentos podem resultar em spreads mais amplos, o que torna o crédito mais caro para os tomadores.

Então, os órgãos reguladores e o governo muitas vezes monitoram o spread bancário para garantir que ele seja justo e não onere excessivamente os consumidores. Reduzi-lo pode ser uma estratégia para tornar o crédito mais acessível e estimular a economia, mas deve haver equilíbrio para garantir a saúde financeira das instituições. Em resumo, ele desempenha um papel essencial na economia e nas finanças.

Como ele afeta seu bolso?

Pois bem, o spread bancário não é composto apenas pelos lucros dos bancos, mas por uma série de outros fatores que impactam diretamente no custo do crédito para os consumidores e empresas. Além da margem de lucro das instituições financeiras, o spread também é influenciado por alguns outros fatores. Por exemplo, o índice de inadimplência que, quanto maior, mais alto é o risco que os bancos identificam.

Para compensar esse risco, as instituições podem aumentar os juros, contribuindo para um spread mais amplo. Os impostos, custos administrativos e encargos financeiros também compõem o spread. Além disso, ele varia de acordo com o momento econômico e as condições específicas do banco. Em tempos de maior instabilidade econômica, a tendência é que aumentem e torne o crédito mais caro.

Isso ocorre porque os bancos procuram mitigar riscos adicionais e compensar perdas com empréstimos não pagos. Sendo assim, é fundamental que consumidores e empresas estejam cientes do impacto do spread bancário, uma vez que ele influencia diretamente as taxas de juros de empréstimos e financiamentos. Em um cenário de aumento, espera-se que os juros se elevem. Isso torna o acesso ao crédito mais caro e afeta as finanças pessoais e corporativas.

Evolução do spread bancário no Brasil


spread-bancario
Fonte: Google

O spread bancário, a diferença entre as taxas de captação e empréstimo dos bancos, está diretamente ligado ao cenário econômico e à inadimplência. Quando a economia vai mal e a inadimplência é alta, o spread tende a subir. Além disso, o tipo de crédito oferecido impacta o spread médio, com empréstimos de baixo risco como o consignado reduzindo a média, e empréstimos mais caros como o cheque especial elevando o spread.

Apesar da estabilização econômica do Plano Real entre 1994 e 2000, o Brasil tem o segundo maior spread do mundo, atrás apenas de Madagascar. Isso se dá pela dificuldade em recuperar créditos no país, com uma baixa taxa de recuperação em comparação com a média global. No entanto, a redução da Selic e os efeitos do coronavírus levaram a uma queda no spread brasileiro desde 2020, atingindo seu menor nível em 2021, com 14,5 pontos percentuais.

Forma de cálculo da taxa

O spread bancário pode ser calculado de duas maneiras, sendo uma delas a abordagem simplificada, denominada “spread aditivo”, e a outra uma fórmula mais complexa que fornece um cálculo mais preciso.

  • Spread Aditivo (Abordagem Simplificada): Essa é uma maneira direta de calcular a diferença entre as taxas de captação e as taxas de crédito. A fórmula é:

Spread bancário = Taxa de Juros do Empréstimo – Taxa de Juros do Investimento

Por exemplo, se a taxa de juros de um empréstimo pessoal for de 30% ao ano e a taxa de juros de um investimento em CDB render 9% ao ano, o spread aditivo seria: Spread bancário = 30% – 9% = 21%

Portanto, nesse caso, o spread bancário é de 21%, representando a diferença entre o que o banco cobra e o que ele paga em juros.

  • Fórmula Mais Complexa: A fórmula mais precisa para calcular o spread bancário leva em consideração diversos fatores, como a margem financeira, os custos operacionais, a inadimplência, os impostos e os encargos de captação. A fórmula é:

Spread bancário = (Receita de Juros – Custo de Captação) / Valor Médio da Carteira de Crédito

Aqui você tem uma visão mais abrangente dos componentes do spread, mas é mais complexa e geralmente economistas e analistas financeiros a usam para uma análise com mais detalhes.

Taxa Selic e Spread

A Taxa Selic desempenha um papel importante na economia, pois influencia o spread bancário. O Copom estabelece a meta da Taxa Selic a cada 45 dias, afetando as taxas de juros dos bancos. Quando a Selic sobe, os bancos têm custos maiores devido a investimentos em títulos relacionados, levando a um aumento nas taxas de crédito para compensar, resultando em um spread bancário mais amplo. Isso cria um efeito em cascata na economia.

Se tiver gostado do nosso conteúdo, compartilhe com seus amigos e familiares nas redes sociais. Acompanhe nosso blog para ficar sempre atualizado sobre o mercado financeiro, as tendências e as novidades desse universo. Garanto que você irá se interessar!

Written By

Formada em direito, redatora há cerca de 3 anos, apurando e escrevendo sobre investimentos, produtos, serviços e educação financeira.