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Transações Correntes: déficit de mais de US$2,8 bilhões em março

O Banco Central do Brasil divulgou dados correspondentes às transações correntes do balanço de pagamentos e o déficit bilionário registrado.

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Fonte: Google

Estas atuações no cenário econômico, aliadas à fatos geradores (comércio de mercadorias, prestações de serviços, transferências e movimentos de capital, como financiamentos e investimentos diretos) darão origem a saldos líquidos parciais, responsáveis por impactos os mais variados ante as condições internas de equilíbrio e crescimento. Surge então a necessidade de organizar tais transações em um levantamento de natureza contábil.

Essas ações no cenário econômico, combinadas com os eventos desencadeantes (comércio de bens, serviços, transferências e fluxos de capitais, como financiamentos e investimentos) gerarão alguns saldos líquidos diante das condições internas de equilíbrio e crescimento. Sendo assim, tais transações precisam então ser organizadas em investigações contábeis. Quer mais detalhes? Continue por aqui!

O que são transações correntes?

Transações Correntes. Esse é um termo bastante utilizado na economia internacional. Ao lado da conta de capital e da conta financeira, as transações correntes compõem o balanço de pagamentos. Também chamada de conta-corrente, elas são responsáveis por registrar a transferência de serviços, bens e doações recebidas de uma nação ou órgão internacional; e isso sem que haja qualquer contrapartida da outra parte que participa da operação.

Além disso, são registradas a contratação de serviços e a locação de bens feitas entre os residentes e os não residentes. Os rendimentos primários que representam os dividendos e salários, juros e os rendimentos secundários, provenientes de transações e operações bancárias, também são registrados nessa área do balanço de pagamentos.

Inclusive, quando o resultado das transações correntes – ou da conta de capital – não for positivo, é possível afirmar que saíram mais recursos do país do que entraram. Entendeu? A saída foi maior do que a entrada. Por outro lado, um resultado positivo pode indicar que mais recursos entraram do que saíram. Assim, a entrada foi maior do que a saída. Entendido?

Déficit nas transações correntes

No mês de março deste ano, as transações correntes do balanço de pagamento registraram algo interessante para o mercado. Como você já viu por aqui, foi registrado um déficit de US$2,8 bilhões no mês de março (2022) – para título de comparação, ante déficit de US$5,2 bilhões em março do ano passado (2021). Ou seja, temos por aqui uma diferença de US$2,4 bi; é quase o dobro.

Esses dados foram divulgados pelo Banco Central do Brasil. Mas, por outro lado, o déficit em transações correntes nos doze meses de março de 2021 até março de 2022 registrou uma soma de US$23,5 bilhões; isso corresponde a 1,41% do Produto Interno Bruto – O PIB. No mês anterior, a soma do déficit foi de US$26 bilhões e US$22,8 bilhões em março do último ano; isso é igual a 1,59% e 1,62% do PIB, respectivamente.

Já na comparação interanual, pudemos observar – e registrar – US$6,6 bilhões de aumento no saldo da balança comercial de bens. Esse valor foi compensado parcialmente pelas elevações de US$2,8 bilhões no déficit em renda primária e, já no déficit em serviços, o valor é de US$1,1 bilhão. Ah! Vale ressaltar também que a divulgação desses dados e informações é de responsabilidade do Banco Central do Brasil.

Balança Comercial de bens

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Fonte: Google

Quanto à balança comercial de bens, no mês de março deste ano foi registrado US$6,1 bilhões de superávit; já em março de 2021, o saldo foi registrado negativo em US$514 milhões. Os dados e informações do Banco Central do Brasil apresentam o total de US$29,7 bilhões; enquanto isso, as importações somaram mais de US$23 bilhões. Com isso, podemos ver 21,1% de incremento e 5,8% de redução, respectivamente, se compararmos com março do ano passado.

Por outro lado, no âmbito do Repetro, as importações somaram cerca de US$153 bilhões em março de 2021 – frente a US$6,5 bilhões em março do último ano. Agora, excluindo as operações de Repetro, a comparação interanual das importações catalogou 26,3% de incremento. Por outro lado, o déficit na conta de serviços somou mais de US$2,2 bilhões no mês de março (2022). Se compararmos com março de 2021, esse valor representa 106,8% de aumento.

Mais detalhes importantes

O gasto líquido na conta de viagens internacionais foi de US$648 milhões no mês, acima dos US$100 milhões do ano passado. Os fluxos totais de receita de viagens aumentaram 112,2%, para US$453 milhões, enquanto as despesas de viagem aumentaram 251,8%, para US$1,1 bilhão. As despesas líquidas de remessa totalizaram US$428 milhões em março de 2022

Tudo isso contra os US$253 milhões registrados em março de 2021. O leasing de equipamentos registrou uma despesa líquida de US$ 651 milhões, um aumento de 14,8% em relação a março de 2021. Em março, o déficit da conta de renda primária aumentou 68,5% em relação a março de 2021, para um total de US$ 7 bilhões.

Para finalizar, o lucro líquido e as despesas com dividendos aumentaram para US$ 5 bilhões, de US$ 2,8 bilhões em março de 2021. A despesa líquida de juros totalizou US$ 2,0 bilhões em março de 2022 – ante a US$ 1,3 bilhão em março de 2021.

Reservas Internacionais

Para finalizar o assunto, as reservas internacionais somaram US$353,2 bilhões em março deste ano (2022). O número apresenta redução de US$4,6 bilhões se compararmos com o mês anterior, fevereiro. O resultado surgiu, especialmente, das variações por valores e por paridades que, de certa maneira, contribuíram para diminuir o estoque em US$618 milhões e US$4 bilhões, respectivamente. No mês, a receita de juros somou US$481 milhões.

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Formada em direito, redatora há cerca de 3 anos, apurando e escrevendo sobre investimentos, produtos, serviços e educação financeira.