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Hiperatividade: videogame é usado por médicos para tratar o problema

Enquanto a maioria dos pais ficam preocupados com a relação entre as crianças e o videogame, médicos utilizam a ferramenta para tratar hiperatividade. Veja mais detalhes…

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Fonte: Google

A impulsividade, falta de atenção e inquietação são alguns dos sintomas da Hiperatividade. Muitas crianças passam por sérios problemas em sua jornada escolar de ensino e aprendizagem, devido a esse transtorno, também chamado de TDAH. Contudo, após diagnóstico médico, normalmente isso pode ser tratado com o auxílio de medicamentos específicos.

No entanto, uma novidade que muitos ainda não conhecem, é um tratamento alternativo, utilizando o videogame como aliado para tratar o transtorno. Apesar de ainda ser algo muito novo, os pacientes que o utilizam já apresentam melhora significativa no quadro de hiperatividade, e consequentemente, conseguem melhorar o rendimento escolar. Deseja entender mais sobre esse caso? Então, confira todos os detalhes, acompanhando a leitura abaixo.

Conheça o caso de Owain

Kelcey Sihanourath, mãe de Owain, atualmente com 13 anos, conta que seu filho foi diagnosticado com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) ainda na pré-escola. A partir daí, a família, que reside em Savannah, na Georgia (EUA), conta com o auxílio de terapeutas ocupacionais, que ajudam o pequeno Owain a lidar com essa hiperatividade presente no seu dia a dia.

A princípio, o tratamento indicado pelos especialistas que o acompanham, contava com uso de medicação, como é comum nesses casos. No entanto, foi preciso suspender o uso dos remédios, pois Owain sentia fortes enxaquecas, e o problema ganhava maior intensidade com o uso desses medicamentos, de forma que, constantemente, ele se sentia muito mal.

Contudo, diante da resistência do organismo de Owain à medicação, e o problema com a hiperatividade atrapalhando cada vez mais o seu desempenho na escola, Kelcey ansiava por uma nova solução. Inclusive, ela conta que via o filho frustrado por não conseguir focar, mesmo quando se esforçava, e isso a deixava de coração partido. Até que, um tratamento alternativo, aparentemente duvidoso, segundo Kelcey, apareceu, e então a família decide aceitar a proposta.

EndeavorRX: o tratamento alternativo para hiperatividade

A agência regulatória dos Estados Unidos, Food and Drug Administration, responsável por aprovar o uso de medicamentos no país, recentemente aprovou o primeiro jogo utilizado para tratamento de crianças com TDAH, chamado EndeavorRx. A aprovação aconteceu em 2020, e atualmente o jogo é disponibilizado apenas mediante prescrição de médicos nos Estados Unidos.

O EndeavorRx foi desenvolvido por um conjunto de neurocientistas, com o intuito de desenvolver e estimular áreas específicas do cérebro, responsáveis por cumprir papel importante no controle da atenção. Apesar de, a princípio, o jogo parecer bem similar aos jogos comuns, existe um objetivo por trás, que é treinar na criança a capacidade de ignorar as distrações e assumir múltiplas tarefas.

Nesse sentido, o jogo conta com um algoritmo responsável por medir a performance do jogador, e assim customizar em tempo real a dificuldade do nível. Ao mesmo tempo, o jogo é atrativo às crianças, onde elas podem controlar um pequeno alienígena, enquanto ele viaja por diferentes mundos em sua nave espacial, e precisa coletar coisas pelo caminho. 

A experiência de Owain ao primeiro contato

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Fonte: Google

Ao ser prescrito por médicos, o responsável pelo paciente recebe um link para a ativação do EndeavorRx. Kelcey, mãe de Owain, conta que não acreditava muito na eficácia do tratamento. Até que, no fim de 2020, Owain teve o seu primeiro contato com o jogo. O objetivo inicial dele foi um programa de 3 meses, onde ele deveria jogar por 25 minutos todos os dias. Depois, em 2021, ele passou por uma nova rodada do tratamento.

A mãe conta que ele admitiu que o jogo não é tão fácil como ele imaginava. Contudo, ele entendeu que isso o ajudava em sua capacidade de focar. Por isso, continuou motivado, mesmo com as dificuldades que encontrava. Por sua vez, Kelcey era responsável por anotar o desempenho de Owain e monitorar o seu progresso em cada etapa do jogo, como parte do tratamento.

Aumento do desempenho escolar

Logo, Kelcey começou a notar mudanças positivas no comportamento de Owain. Atividades comuns como se arrumar para ir à escola, ficou mais simples, e ao mesmo tempo, as observações negativas vindas dos professores, cessaram. Também foi muito animador ver as notas de Owain aumentarem, após a frustração que ele teve ao ser reprovado no 5º ano, diz ela.

Ver que seu filho não se sentia mais confuso ou frustrado por não conseguir cumprir seus objetivos, foi o que deixou Kelcey mais motivada com o tratamento alternativo através do EndeavorRx. De acordo com a empresa Akili, responsável pelo desenvolvimento do jogo, a criação desse tratamento teve como foco principal, ajudar os pacientes acelerando o seu processo cognitivo.

Inclusive, de acordo com Eddie Mastucci, diretor da Akili, é muito mais difícil fazer com que o paciente se desenvolva por meio de medicamentos. Nesse sentido, a estimulação sensorial desenvolvida no jogo, é capaz de atuar de forma direta, em partes do cérebro que são responsáveis exatamente por controlar a função cognitiva, trazendo resultados mais eficazes.

EndeavorRx pode alcançar mais países

Segundo o diretor-executivo da Akili, empresa de tecnologia responsável pelo jogo EndeavorRx, Eddie Martucci, o planejamento da empresa agora é conseguir exportar o jogo, para que o tratamento alternativo para hiperatividade alcance outros países além dos Estados Unidos. Inclusive, a previsão é que nos próximos anos o jogo seja lançado também na Europa.

Contudo, é importante ressaltar que os criadores do jogo alertam que o EndeavorRx deve ser utilizado como parte do tratamento de TDAH, não como substituto. Os pacientes que se submetem a esse tratamento, devem continuar sendo monitorados pelos médicos. Afinal, a ferramenta chegou para somar, e o acompanhamento com o profissional qualificado não pode ser descartado. No entanto, apesar de não estar disponível ainda no Brasil, seguimos na expectativa que esse tratamento alternativo seja realidade também para nós brasileiros.

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Graduada em Letras, redatora com foco em finanças e notícias.