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Crise aquática; São Paulo e interior entram em colapso sem água

Com a falta de chuva, SP e interior avançam pata terceira crise aquática deste século com rodízio de água; ainda, existe a aplicação de multas para aqueles que desperdiçarem. Cidades menores veem o prejuízo, já que a Sabesp não permite racionamento na Grande São Paulo. Confira!

Crise aquática
Fonte: Google

Por mais que seja triste, não há como negar: a terceira crise aquática do século já está por aqui. E não chegou de repente, afinal, não faltaram avisos. A cidade de São Paulo está acompanhando, dia após dia, seu maior reservatório de água ir pelo mesmo caminho trilhado há alguns anos, em 2013. Naquele período uma sequência de baixas no sistema aconteceu, e a captação começou a ser feita no ano seguinte, em 2014; inclusive, conhecido como volume morto.

O Cantareira é responsável pelo abastecimento hídrico de 7 milhões de pessoas por dia; mas hoje conta com 20% menos água do que tinha no ano de 2013. No último sábado, 9 de outubro, o Sistema Cantareira estava operando com apenas 28,9% de sua capacidade total. Assim, sendo o menor nível desde o colapso ocorrido há cinco anos atrás. Continue lendo nosso artigo para entender um pouco mais sobre a crise aquática e as cidades mais impactadas com a falta de água!

A ‘nova’ crise aquática

Nos anos 2014/2015 e 2003/2004 também enfrentamos essa situação hídrica; no entanto, a nova crise aquática deste ano é diferente dos eventos acontecidos anteriormente. Afinal, nos dias de hoje o país – e, ainda, uma parte do mundo – enfrentam a pandemia do novo coronavírus, a doença responsável pela morte de mais de 600 mil brasileiros, trazer à tona o fantasma da fome mais uma vez e impactar a economia de toda a nação.

Conforme estudos e dados analisados por especialistas, o que veremos nos próximos meses serão duas crises sobrepostas. Além disso, alguns especialistas acreditavam que só veriam uma nova crise hídrica para os próximos 20, 30 ou 40 anos. Porém, se passaram cinco anos e cá estamos mais uma vez, passando por essa mesma situação. Então, são necessárias medidas que serão, de fato, eficazes para a solução do problema.

Por fim, uma coisa é fato: a Sabesp já poderia ter admitido a crise aquática e implementado rodízio ou racionamento de água na Grande São Paulo. Não é possível esperar até o fim do ano, quando o momento será ainda pior, para agir. Além de tudo, a colaboração dos moradores de São Paulo é essencial; ou seja, economizar mais e consumir menos.

Racionamento de água em São José do Rio Preto

A cidade de São José do Rio Preto ficou seis meses sem chuva; isso mesmo, 180 dias sem cair uma de chuva do céu! A estiagem foi interrompida, de acordo com a prefeitura, no primeiro fim de semana deste mês; acumulando 28mm de chuva. Ainda assim, a situação dos reservatórios locais segue complicada, com o nível deles bem crítico. Por fim, uma parte do município está sob racionamento há cinco meses, no caso, maio.

A população de São José do Rio Preto que foi atingida já beira a marca dos 100 mil, que são abastecidos pela Estação de Tratamento de Água – ETA Palácio das Águas. A ETA reduziu a captação de água no Rio Preto em 150 l/s; caiu de 450l/s para 300 l/s. O momento é de calma e atenção. Ou seja, apesar de a população estar colaborando, não é o momento de descuidar, afirmou, por nota, o departamento de água e esgoto da cidade.

Infelizmente, ainda não existe previsão para o término do racionamento. Na verdade, é necessária uma boa quantidade de chuva para que isso chegue ao fim. Agora, sobre o monitoramento quanto ao desperdício, a prefeitura adotou como norma a aplicação de multas para os reincidentes no assunto. Ou seja, no caso de uma pessoa flagrada desperdiçando água pela primeira vez, ela receberá uma notificação e algumas orientações. Caso reincida, a multa pode chegar até R$2.266,56.

Franca é a única cidade de SP que precisou adotar rodízio

Crise aquática
Fonte: Google

A cidade, com 358 mil habitantes, é a única, com concessão da Sabesp, que viu a necessidade de adotar o rodízio de água. A severa falta de chuva é vista como a principal causa da falta de água nas casas, além da tempestade de terra que ‘devorou’ Franca há pouco tempo. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, durante todo o inverno deste ano, choveu apenas 10 mm na cidade; ou seja, é o menor índice constatado pelo órgão no estado no período.

O rodízio, como o próprio nome já diz, ‘reveza’ água com os moradores da cidade; então, partes de Franca ficam com e sem o líquido por 36 horas – isso dá um dia e meio sem/com água. A Sabesp afirma que vem realizando diversas ações para permanecer distribuindo água para a população. Por exemplo, com captações de água emergenciais e fiscalização da utilização dos irrigantes da bacia do rio Canoas; além disso, também tem as campanhas de conscientização para economizar água.

Sorocaba – e outras dez cidades – estão sob estado de alerta

Além de Sorocaba, mais dez municípios estão com o alerta ligado por conta da escassez de água que afeta as principais fontes da região. O Saee – Serviço de Água e Esgoto comunicou que o Sistema Cavalinho/Ferraz atua com 55% de sua capacidade total e o Sistema Ipaneminha opera com 65%. Além disso, o nível da represa de Itupararanga é uma situação preocupante, visto que a represa atingiu 22,18% de volume e é responsável por abastecer 85% da população de Sorocaba.

O reservatório é controlado pela Votorantim Energia e, conforme dados da companhia dos últimos 20 anos, ele já atingiu índices parecidos lá pelos anos 2003 e 2004. A Votorantim afirmou, por nota, que vem implantando algumas ações emergenciais ante a tutela do Comitê de Bacias Hidrográficas de Sorocaba e Médio Tietê que definem as regras de atuação até que o volume útil do reservatório atinja 50% de sua capacidade total.

Além disso, entre as ações implementadas estão a adoção de 21,23% do volume útil – ou seja, 817,50m – como o nível mínimo de atuação do reservatório e a redução da vazão para 3,5m²/s, já implantada. Já da perspectiva ambiental, a companhia continua a fiscalização constante do comportamento dos peixes e da qualidade da água para prever quais medidas serão adotadas. O alerta também vale para as cidades de Cerquilho, Alumínio, Laranjal Paulista, Ibiúna, Piedade, Mairinque, Salto, Votorantim e São Roque.

Com crise aquática, há seis meses Bauru vive sob rodízio

É isso mesmo que você está lendo, o rodízio na cidade de Bauru já dura seis meses; e o pior disso tudo é que não tem previsão para chegar ao fim ainda neste ano. O problema acontece na fase de captação da água, no rio Batalha. Esse rio tem a responsabilidade de abastecer 40% de toda a cidade, que vem apresentando níveis de água cada vez menores.

Por fim, a fim de minimizar os impactos, a prefeitura faz uso de caminhões pipa; e além disso, a instalação de poços artesianos também estão sob o radar da gestão.

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Formada em direito, redatora há cerca de 3 anos, apurando e escrevendo sobre investimentos, produtos, serviços e educação financeira.